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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2017-2018
Relatório Aprovado
10/07/2017
31/07/2017
O projeto de extensão de saúde Mafra destina-se a um equipamento de saúde para instalação de duas unidades de saúde familiar e uma unidade de atendimento permanente, na freguesia de Mafra. Os objetivos centram-se na minimização dos danos sobre o património arqueológico a ser afetado no decorrer da construção da Unidade de Saúde Familiar, Mafra Norte. Foi efetuado acompanhamento presencial de todas as intervenções no subsolo durante a obra (sondagens e implementação do edifício). Na sequência do aparecimento de fragmentos cerâmica rolada, foram abertas quatro sondagens mecânicas 4mX10m com balde de limpeza; e acompanhamento de todos os movimentos de terras feito por máquinas no contexto da obra. Confirmando-se a presença de silos, foi realizada a decapagem geral do terreno, seguida de escavação interal do sítio.
O nivel de visibilidade do solo era nulo, em virtude do coberto vegetal e da elevada quantidade de lixos e entulhos. Na escavação foi identificado um conjunto de 7 silos e uma vala, designado como Quinta da Cerca 1. A área em questão localiza-se a norte da zona histórica da vila de Mafra, entre a Rua do Castelo (a sul) e a ribeira do Borracheira (a norte), possivelmente na área fora do casco antigo de Mafra. Após a escavação dos silos e de sondagem na vala, constatou-se que a zona teve uma intensa ocupação humana. A escavação das estruturas forneceu material integrável cronologicamente enquadrável no período medieval islâmico e cristão. Todos os contextos foram desmotados no âmbito do projecto, excepto o silo 8 que foi conservado in situ, recoberto com geotextil e uma camada de inertes finos. No decorrer de uma decapagem identificou-se ainda uma um possível contexto habitacional da Idade do Bronze Final (Quinta de Cerca 2, CNS 37578). A maioria dos material recolhido cerâmica comum bastante fragmentada. Os bordos correspondem na maioria a panelas, e tigelas. A cerâmica vidrada é bastante reduzida, tendo-se identificado apenas dois fragmentos. A cerâmica comum é feita a torno rápido com materiais plásticos feldspáticos e quartzo e predomina a cozedura oxidante, com algumas paredes a apresentar igualmente um arrefecimento redutor. O material parece enquadrar-se no período medieval islâmico/ cristão. Trata-se de material proveniente de lixeira, significa que o terreno foi limpo e entulhado os silos com esse material. A recolha desses materiais depositado em estratos, corresponde a uma posição não primária o que abrange a maioria dos silos e vala.
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Ana Catarina de Freitas Alves Bravo de Sousa, Carlos Henrique da Silva Paulo Maneira e Costa, Guilherme Soares Sarmento e Marta Alexandra Vasconcelos Tomaz Miranda
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