Olival da Pega 1

Anta/Dólmen - Calcolítico (15272)
Esta anta localiza-se num dos extremos a nordeste da planície de Reguengos de Monsaraz, junto à ribeira da Pega e faz parte de um complexo funerário, constituído pela Anta 2 do Olival da Pega e tholoi associados (CNS 590). Pertencente ao ¿Complexo Megalítico do Olival da Pega¿ classificado como Sítio de Interesse Público. Este monumento megalítico, identificado e escavado por Georg e Vera Leisner (1949), é constituído por uma câmara de planta poligonal (com cerca de 4 x 5,6 m de diâmetro), formada por sete esteios, organizados a partir da cabeceira, com cerca de 4,4 m de altura, coberta por uma grande laje, atualmente fragmentada (com cerca de 1 m de espessura) e por um corredor com cerca de 8,6 m de comprimento. A grande quantidade de lajes de xisto fragmentadas identificadas no corredor desta anta poderá corresponder a indícios de um tholos. No interior da câmara e do corredor identificou-se um conjunto artefactual extenso e diversificado, composto por recipientes cerâmicos, alguns dos quais completos, com morfologias e dimensões variadas, elementos de adorno (contas de colar e alfinetes de cabelo em osso), estatuetas zoomorfas (coelhos), cerca de 134 placas de xisto gravadas, pequeno ídolo em xisto, fragmentos de báculos em xisto e vestígios de ocre, que corresponderia aos espólios votivos de um significativo conjunto de inumações (número mínimo de indivíduos entre 135 e 142). Em termos globais, uma grande quantidade de materiais referidos é de proveniência exógena, nomeadamente da Península de Lisboa, Extremadura espanhola e Andaluzia. As características arquitetónicas deste monumento e os materiais recolhidos no seu interior permitem enquadrar a sua construção e utilização nos finais do 4º e ao longo do 3º milénio a. C. (3500 / 2000 a. C.). A diversidade cronológica de ocupações funerárias e rituais desta anta evidencia a complexidade e longevidade simbólica do complexo funerário do Olival da Pega. (atualizado por C. Costeira, 19/11/2018).

Informação

Monumento megalítico integrado no Roteiro do Alqueva.

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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