Núcleo de sepulturas de Esmolfe/São Martinho

Necrópole - Romano e Alta Idade Média (15450)
O conjunto de sepulturas escavadas na rocha de São Martinho localiza-se em Penalva do Castelo, concelho onde foram identificados vários espaços funerários rupestres, como Esmolfe/Eirinha (CNS 5118) e a Necrópole da Capela (CNS 36122). As sepulturas de São Martinho têm sido estudadas desde os anos 90 [veja-se os trabalhos de Ivone Pedro (1990), de João Inês Vaz (1993), e destes autores com Adolfo J. Marques (1994)]. Em 2000 o sítio é publicado por Paulo Monteiro (2000) e novamente por Adolfo J. Marques Paulo Monteiro (2000), sendo posteriormente relocalizado no âmbito do projeto "Rede de Percursos Culturais de Penalva do Castelo" (2014), desenvolvido pela ArqueoHoje e promovido pelo Município de Penalva do Castelo, centrado na criação/dinamização de rotas pedestres e rotas de estrada. O sítio situa-se numa zona de planalto, junto a um pinhal, a 500 m a norte da aldeia de Esmolfe. É composto três sepulturas antropomórficas de adultos, com cabeceira em arco de volta perfeita, isoladas e escavadas no xisto, dispostas em torno de uma cavidade quadrangular com sensivelmente um metro quadrado. As sepulturas apresentam as seguintes dimensões: Comprimento: 1,65m; 1,73m e 1,75m. Largura da cabeceira de 0,26 cm; 0,39 cm e 0,29 cm. Largura dos ombros: 0,52 cm; 0,52 cm e 0,43 cm. Largura ao meio: 0,47 cm; 0,47 cm e 0,53 cm. Largura dos pés: 0,28 cm; 0,26 cm; 0,25 cm. Profundidade média: 0,28 cm; (?) e 0,28 cm. À semelhança de outros exemplares do mesmo género, o núcleo de São Martinho poderá ser cronologicamente integrado na Alta Idade Média, sendo que a inexistência de contextos estratigráficos e de espólio associado dificulta a definição de cronologias mais precisas. Na zona envolvente têm vindo a ser identificados fragmentos de material de construção (tégulas e ímbrices) e cerâmica doméstica de época romana e de outras épocas. (actualizado por S. Pereira, 12/06/2019)

Informação

O sítio está preparado para receber visitas. Está integrado na Rota dos Cenários do Passado - Rede de Percursos Culturais de Penalva do Castelo, adequadamente sinalizada (painéis e placas informativas e outra sinalética auxiliar).

Condições da visita

Acesso livre

Horários

Livre

Contactos

Documentos

Como chegar lá? Boas Práticas

Boas Práticas

Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

  • Respeitar todas as sinalizações;
  • Não aceder a zonas vedadas;
  • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
  • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
  • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
  • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
  • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
  • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
  • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
  • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
  • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
  • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
  • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

Para saber mais:

AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

Contactos DGPC

Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

 

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