Anta 1 da Herdade da Água Doce/ Anta de Vale Beiró

Anta/Dólmen - Neolítico e Calcolítico (17170)
A Anta 1 da Herdade da Água Doce ou Anta de Vale Beiró localiza-se numa pequena elevação, a cerca de 200 m a Sul do Monte da Água Doce, a nascente do ribeiro de Vale Beiró, nas proximidades da Anta 2 da Herdade da Água Doce/Anta Grande do Caminho da Fanica (CNS 17171) e da Anta 3 da Herdade de Água Doce/ Anta Pequena do Caminho da Fanica (CNS 17172). Este monumento megalítico, intervencionada por Manuel Heleno na década de 30 do século XX, é constituído por uma câmara de planta poligonal (com cerca de 2,50 m de diâmetro e 2,70 m de altura), formada por sete esteios (cinco dos quais conservados in situ) grande laje de cobertura. O corredor, orientado a Este, era constituído por cinco esteios do lado esquerdo e seis esteios do lado direito (com cerca de 2,37 m de comprimento), mas atualmente encontra-se muito mal conservado. No exterior identificam-se vestígios da mamoa, que poderia ter sido coberta por blocos de granito e quartzo leitoso, co, o objectivo de destacar o monumento na paisagem. No interior do monumento identificou-se um vasto e diversificado espólio, composto por artefactos líticos lascados (dois trapézios de sílex, seis lâminas de sílex, duas lamelas de quartzo hialino e cerca de 77 pontas de seta de sílex, xisto e quartzo hialino), quatro percutores de quartzito, 22 machados e enxós de pedra polida, 15 recipientes de cerâmica completos, seis placas de grés, uma das quais com forma antropomórfica, 11 placas de xisto gravadas, 22 contas discóides e dois pendentes. As características arquitectónicas e artefactuais desta anta permitem enquadrá-la cronologicamente no Neolítico Final / Calcolítico (3500 - 2000 a. C.). (atualizado por C. Costeira, 08/05/2019).

Informação

Monumento integrado no Roteiro Megalítico de Coruche, Percurso da Água Doce. (https://issuu.com/museumunicipalcoruche/docs/roteiro_megalitico_de_coruche_6)

Condições da visita

Acesso livre

Horários

Contactos

Documentos

    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

    1 Votaram neste sítio