Fortaleza de Sagres

Fortificação - Moderno e Contemporâneo (18603)
A fortaleza de Sagres localiza-se num pequeno promontório escarpado (1 km de comprimento e 300 m de largura), com a superfície penhascosa e árida, a cerca de 40 m de altitude. Esta implantação dotava-o de um importante papel no controlo e defesa do litoral e de uma significativa conotação simbólica. No período romano era designado por Promontorium Sacrum, lugar de culto a Saturno ou a Hercules. Esta fortaleza apresenta uma planta poligonal, composta por cortina amuralhada, dois baluartes e três baterias de artilharia. No seu interior identificam-se vestígios de várias estruturas militares (casamatas, armazéns) e a Igreja de Nossa Senhora da Graça, de fundação henriquina. Este complexo fortificado enquadra-se cronologicamente no período Moderno (século XV - XVIII), estando profundamente associado às necessidades de proteção da costa ocidental algarvia e das rotas de navegação marítima entre o Mediterrâneo e o Atlântico". No século XVII descobriu-se uma figura circular raiada, designada por "rosa-dos-ventos", mas que se desconhece o seu real significado. A posição proeminente sobre o mar, o isolamento e a intensidade das ações bélicas na costa sudoeste portuguesa condicionaram a manutenção desta fortaleza, tendo-se realizado várias obras de remodelação ao longo dos séculos XVII e XVIII, principalmente após o Terramoto de 1755. No final do século XIX e ao longo do século XX, esta fortaleza perde a sua vertente militar, tornando-se um dos símbolos por excelência da evocação dos Descobrimentos portugueses. Os trabalhos arqueológicos realizados no local enquadram-se em projetos de valorização e musealização das estruturas, permitindo identificar vestígios da ponte levadiça de acesso à fortaleza, troços de muralhas e um fosso, bem como materiais arqueológicos (recipientes cerâmicos, materiais de construção, artefactos metálicos e vidros) enquadrados no período moderno. (actualizado por C. Costeira, 22/08/2018).

Informação

Centro de Interpretação no local. Fortaleza integrada na Rota Europeia dos Descobrimentos. Bilhetes individuais e conjuntos (Circuito Monumentos do Algarve / Circuito do Barlavento Algarvio / Circuito na Rota do Infante).

Condições da visita

Entrada com aquisição de bilhete

Horários

De 01 de Outubro a 30 de Abril das 09h30 às 17h30. De 01 de Maio a 30 de Setembro das 09h30 às 20h00. Encerramento: 1 de janeiro, 22 de janeiro (feriado municipal), domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro.

Documentos

    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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