Vale do Gato 3 / Anta Sul de Vale de Gato

Anta/Dólmen - Neo-Calcolítico (19020)
A Anta Sul de Vale de Gatos localiza-se a 500 m do Monte da Herdade de Vale de Gatos, próximo da ribeira das Barrosas, a pouca distância da Anta Norte de Vale de Gato (CNS 2965) e da Anta do Chapelar (CNS 26735). Este monumento megalítico, intervencionada por Manuel Heleno na década de 30 do século XX, é constituído por uma câmara de planta poligonal (com cerca de 1,90 m de diâmetro), formada por sete esteios de grandes dimensões, três dos quais conservados in situ e por um corredor longo com dois esteios de cada lado. Da laje de cobertura identificam-se alguns vestígios caídos sobre o esteio da cabeceira. No exterior a mamoa, de grandes dimensões, encontra-se bem preservada. No interior do monumento identificou-se um vasto e diversificado espólio, composto por artefactos líticos lascados (33 fragmentos de lâminas de sílex e quartzo, 46 pontas de seta de sílex e xisto silicioso e uma alabarda), 28 artefactos de pedra polida (machados de anfibolito e enxós), 21 recipientes cerâmicos inteiros de morfologias variadas, alguns dos quais carenados, dois botões, dezoito contas discóides de xisto, onze contas de variscite, um fragmento de báculo, onze placas de xisto gravadas inteiras e fragmentos que podem corresponder a cerca de 26 placas de xisto e uma placa de serpentinite. As características arquitectónicas e artefactuais desta anta permitem enquadrá-la cronologicamente no Neolítico Final / Calcolítico (3500 - 2000 a. C.). Relocalizada em 2004 por L. Rocha que observa encontrar-se muito destruída e cuja vegetação impede também uma correcta visualização. Encontra-se mutio perto da anta norte.

Informação

Monumento integrado no Roteiro Megalítico de Coruche, Percurso Vale de Gatos e Chapelar. Contactar previamente o Museu de Coruche para realizar o percurso. (https://issuu.com/museumunicipalcoruche/docs/roteiro_megalitico_de_coruche_6)

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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