Menir do Barrocal

Menir - Neo-Calcolítico (22860)
O menir do Barrocal localiza-se no topo de uma pequena elevação aplanada (a 200 m de altitude), a cerca de 370 m a este do monte do Barrocal, a 2,5 km da povoação de Monsaraz. Este menir poderia estar associado ao menir de Santa Margarida (CNS 691), que se localiza a cerca de 2 km. Este monumento monolítico foi talhado num grande bloco de granodiorito, apresentando uma morfologia ovoide achatada, com cerca de 5,72 m de comprimento e as faces profusamente decoradas, com motivos ziguezagueantes, serpentiformes, linhas ondulantes, círculos, covinhas e um báculo de diferentes dimensões, elaborados com recurso a técnicas variadas. Estas decorações foram elaboradas ao longo de uma ampla diacronia (Neolítico Antigo ao Calcolítico), identificando-se a sobreposição de algumas delas Este menir integrava um possível recinto de planta ovalada definido por grandes blocos ou afloramentos, um deles contendo um grande conjunto de covinhas. Nas imediações deste recinto identificaram-se vestígios de um fundo de cabana de planta indeterminada. A construção destas estruturas terá sido posterior à edificação do menir. O menir do Barrocal foi identificado tombado por Francisco Serpa em 1993, no âmbito do levantamento patrimonial do Concelho de Reguengos de Monsaraz. Em 1995, Mário Varela Gomes realiza uma intervenção arqueológica do menir, efetuando o levantamento das decorações e a escavação da envolvente. Em 2006, Manuel Calado realiza trabalhos de valorização, reerguendo este monumento. (atualizado por C. Costeira, 16/11/18).

Informação

O sítio tem condições de visita e acesso, sendo possível obter informações junto da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz.

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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