Paço da Giela

Paço - Medieval Cristão, Moderno e Contemporâneo (35934)
Monumento localizado no lugar do Paço, freguesia de Giela, concelho de Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo, implantado numa pequena elevação, situada na margem esquerda o rio Vez, possuindo uma vista privilegiada sobre o vale daquele rio. Trata-se de um conjunto habitacional do qual faz parte uma torre quadrada de cronologia medieval composta por 3 pisos, com uma única entrada ao nível do segundo piso, virada a NW e com ameias no topo da fachada NE. O espaço residencial assenta em estruturas medievais e é de cronologia moderna com sucessivos acrescentos em época moderna, e contemporânea. É um edifício com dois pisos, sendo que no piso superior se abrem 5 janelas, sendo as 2 centrais molduradas e tendo colunelos e arcaturas, entre as janelas distribuem-se gárgulas. A porta principal encontra-se virada a SW e encontra-se ladeada por dois maciços descentrados em relação ao alinhamento do Paço moderno o que pode indicar reminiscências de uma entrada anterior na possível cerca medieval, da qual apenas restam alguns indícios na parede NE do Paço onde se abre uma fresta defensiva ao nível do andar térreo, numa parede com cerca de 1,50m. Trabalhos arqueológicos realizados em 2014, no âmbito de um projeto de preservação e valorização do Paço da Giela e sua envolvente, promovido pela autarquia de Arcos de Valdevez, permitiram remeter a ocupação mais antiga deste local para o período medieval com a presença de vestígios de uma cerca e negativos da mesma. A cortar a cerca e encostada a ela foi, ainda em época medieval, edificada a torre. No séc. XVI verifica-se a grande reforma do edifício do paço com a edificação do paço quinhentista constituído por um edifício retangular construído adossado à torre. Nos finais do séc. XVI, inícios do séc. XVII assiste-se à construção da capela de Santa Apolónia onde foram exumados dois indivíduos em sepulturas escavadas na rocha. (Actualizado em 26.03.2019 por Sofia Gomes)

Informação

Monumento visitável associado a uma área expositiva.

Condições da visita

Entrada com aquisição de bilhete

Horários

Opening hours: From Tuesday to Sunday 10.00 - 13.00 14:00 - 18:00 Summer 15th June - 15th September 9.30 - 13.00 14.00 - 19.00

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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