Gravura do Castro de Paramuna

Arte Rupestre - Idade do Bronze (36093)
A Gravura do Castro de Paramuna (Castelo de Penalva, Penalva do Castelo, localiza-se na base de um afloramento granítico, situado a SW do Castro de Paramuna, ou Castro de Esmolfe (CNS 14348), num local onde o acesso ao povoado fortificado é mais fácil. Num bloco de afloramento, uma plataforma vagamente ovalada no exterior do povoado, foi gravado um conjunto de figuras esquemáticas, que pelas suas características remetem para a Idade do Bronze. A superfície da rocha foi preparada, criando uma superfície mais suave para a gravação. Esta foi efectuada através de incisão, com um instrumento de ponta metálica afiada, sendo perceptíveis as ranhuras das seções em U. Os motivos gravados são contemporâneos, não existindo sobreposição dos mesmos. O motivo que ocupa o centro do painel parece ser uma espiral, formada por duas linhas, distintas, cada uma terminando em aresta com linhas rectas e cantos angulares. No lado direito da espiral, foi gravado um motivo com duas linhas simétricas, mais ou menos paralelas, cujos topos que terminam em V. Na parte superior e inferior deste motivo alongado, ainda são visíveis dois motivos em forma de "U", que deveriam integrar um motivo que actualmente não se conserva na sua totalidade. Actualmente a superfície do bloco gravado apresenta alguns sinais de deterioração, causada pela erosão natural e acção antrópicas. Algumas linhas, agora, definidas de maneira descontínua, poderiam ter unidos no momento do processo de gravação. O motivo em espiral poderá ser interpretado como um escudo e o motivo da forma alongada que termina em V, poderá representar uma arma, talvez um arco, um punhal ou espada. A gravura de Paramuna poderia estar relacionada com a representação esquemática de uma figura humana armada, apresentada com os motivos de representação de poder característicos da Idade do Bronze. A sua localização, num local de acesso ao povoado fortificado poderá ser entendida como uma forma de enfatizar o poder desta comunidade e/ou dos seus líderes. [Actualizado, II,1/Jun/2020]

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Acesso Livre. Nas proximidades existe um parque de merendas e um parque infantil.

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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