Évora - Templo Romano

Templo - Romano (156)
O templo romano de Évora situa-se no ponto mais alto da acrópole (a 302 m de altitude), sendo um dos vestígios mais imponentes e melhor conservados do forum romano da cidade de Liberalitas Iulia Ebora. A construção deste edifício público terá sido iniciada no século I d. C., num período de renovação urbana e afirmação do poder imperial de Augusto, a quem seria dedicado. Ao longo do tempo este edifício sofreu muitas alterações e reutilizações que condicionaram a preservação dos seus elementos constituintes e alteraram a sua imagem e envolvência. No século XIX, este monumento foi alvo de uma pioneira intervenção arqueológica e de um amplo programa de restauro. Na década de oitenta do século XX desenvolveu-se um projecto de investigação arqueológica dirigido por Theodor Haushild, que realizou escavações na área envolvente ao templo, que permitiram identificar várias estruturas como tanques de água e sistemas de canalização. O templo de Évora apresenta uma planta rectangular (25 x15 m), sendo rodeado por pórtico monumental e espelho de água, que envolvia as fachadas laterais. De todo o complexo conservam-se o podium (25 m de comprimento, 15 m largura e 3,5 m de altura), elaborado em cantaria granítica irregular, parte da escadaria e nove colunas inteiras, com arquitrave e fragmentos de friso no topo, seis das quais localizadas no lado Norte e 3 no lado Oeste. Estas colunas de estilo coríntio, com fustes canelados, assentavam em bases de mármore branco (Estremoz), tendo capitéis decorados com motivos vegetalistas e florais (malmequeres, girassóis, rosas) também elaborados em mármore. (atualizado por C. Costeira, 07/02/19).

Informação

O sítio arqueológico está integrado no Roteiro Évora Imperdível e tem folhetos informativos disponíveis em formato digital.

Condições da visita

Acesso livre

Horários

Documentos

Como chegar lá? Boas Práticas

Boas Práticas

Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

  • Respeitar todas as sinalizações;
  • Não aceder a zonas vedadas;
  • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
  • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
  • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
  • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
  • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
  • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
  • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
  • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
  • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
  • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
  • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

Para saber mais:

AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

Contactos DGPC

Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

 

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