Dólmen das Pedras Grandes

Anta/Dólmen - Neolítico Final (648)
A Anta das Pedras Grandes localiza-se no actual Bairro do Casal Novo, em Caneças, a Ocidente do conjunto megalítico de Trigaches e próximo da Anta das Batalhas (CNS 649), que se encontra destruída. Este monumento megalítico apresenta câmara poligonal, constituída por sete esteios de calcário e basalto, com cerca de 3 m de altura e um pequeno corredor de acesso. No exterior identificaram-se vestígios da mamoa. O espólio recolhido no interior desta anta é muito reduzido, sendo constituído por ossos humanos, artefactos de pedra lascada em sílex (pequenas lâminas, trapézio, raspadores e furador), percutor, mó e machado em anfibolito. No exterior do monumento recolheu-se uma grande quantidade e diversidade de artefactos líticos lascados (lamelas, lâminas, raspadeiras, furadores e restos de talhe), que podem corresponder a uma oficina de talhe. As características arquitectónicas desta anta, os materiais recolhidos e as datações absolutas realizadas (Boaventura, 2009) permitem enquadrar a sua construção e utilização nos finais do 4º milénio a. C. (Neolítico Final). A Anta das Pedras Grandes foi identificada e escavada por Carlos Ribeiro no final do século XIX (1880), sendo visitada, referida e publicada por diversos autores, nomeadamente J.L. Vasconcellos (1913), V. Leisner (1959) e O. V. Ferreira. No início do século XXI este monumento foi alvo de várias intervenções, realizadas pela empresa Era- Arqueologia e por Rui Boaventura e Maia Langley. (atualizado por C. Costeira e F. Bragança, 14/05/19).

Informação

O monumento está inserido num parque urbano. Possibilidade de marcação de visitas orientadas, preferencialmente às quartas- feiras.

Condições da visita

Acesso livre

Horários

Quarta-feira: das 10h00 às 12h00 e das 14h30 às 17h00.

Documentos

    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

    0 Votaram neste sítio