Cromeleque do Monte das Fontaínhas Velhas/Fontaínhas 1

Cromeleque - Neo-Calcolítico (1239)
O cromeleque das Fontaínhas encontra-se implantado na base de uma pequena elevação na margem esquerda da ribeira da Raia, a cerca de 5 km de Mora. Este recinto apresenta uma planta em ferradura, aberta a este, atualmente constituído por seis menires, talhados em granito, com morfologias ovoides alongadas, com cerca de 1, 10 - 1,90 m de comprimento, inclinados ou tombados com as bases enterradas nos alvéolos. O menir de maiores dimensões ocupa uma posição central. Um dos menires deste conjunto apresentava gravuras de um crescente e um báculo. Nas imediações deste recinto identificam-se dois menires isolados, in situ, afastados cerca de 20 m para norte e 5 m para oeste, respetivamente. O cromeleque das Fontaínhas foi identificado por uma equipa dos Serviços Geológicos (1977), tendo sido escavado por Manuel Calado e Leonor Rocha em 2005, que restauraram e reergueram vários dos monólitos tombados. Estes trabalhos arqueológicos permitiram recolher um espólio cronologicamente diversificado, constituído por artefactos de pedra lascada (lamelas, restos de talhe, lâmina de chert), elementos de mós manuais e fragmentos de recipientes cerâmicos, alguns dos quais decorados. As características arquitetónicas do recinto, as decorações dos menires e os materiais recolhidos, colocam a hipótese da sua construção e utilização se enquadrar no Neolítico Antigo / Médio, com eventuais reutilizações ao longo do Neolítico Final e de época romana. (atualizado por C. Costeira, 15/10/18).

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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