Anta do Curral dos Mouros/ Dólmen da Sobreda

Anta/Dólmen - Neo-Calcolítico e Idade do Bronze (669)
A Anta da Sobreda, também designada por Anta de Curral dos Mouros é um monumento megalítico de grandes dimensões, localizado a 850 m a SE da povoação da Sobreda, num cabeço sobre o Rio Seia (que corre a 750 m), destacando-se na paisagem envolvente. Dista cerca de 3 km para NE da Anta de Arcaínha/ Seixo da Beira (CNS 668). Este monumento megalítico, escavado por Santos Rocha em 1899 e posteriormente por Castro Nunes, em 1964, é constituído por uma câmara de planta tendencialmente subcircular, composta por 9 esteios (atualmente persistem apenas 8) e despojada das lajes de cobertura de origem. Possui um corredor (com cerca de 5,5 m de comprimento) bem diferenciado, com 4 esteios conservados no lado sul e 2 no lado norte. Um dos esteios apresentava pinturas a ocre vermelho [reproduzidas na obra de E.S. TWOHIG (1981)], das quais ainda restavam vestígios nos finais do século XIX. A mamoa apresenta um formato oval. Entre o espólio cerâmico identificado neste monumento megalítico encontram-se dois vasos campaniformes, taças de carena baixa, taças de carena média, grandes taças de carena média, um pote de carena média e colo tronco-cónico, um pote de colo estrangulado, um pote em forma de tambor, potes com pegas mamilares, vasos tronco-cónicos invertidos e bases planas. Foram também exumadas pontas de seta, um machado em xisto e um núcleo em sílex. Terá sido construída/utilizada no neolítico final/calcolítico e, à semelhança do que se verifica noutros monumentos megalíticos da Beira Alta, terá sido alvo de reutilização durante a idade do bronze, como parecem atestar alguns dos materiais identificados (ex: vasos tronco-cónicos invertidos). A Anta da Sobreda foi estudada e publicada por vários autores, nomeadamente A. SANTOS ROCHA (1899), J.C. de SENNA-MARTINEZ (várias publicações desde 1982) e por E.S. TWOHIG (1981). (actualizado SP 17/05/2019)

Informação

Acesso livre. Informações no website da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital. Presença de um painel explicativo no local.

Condições da visita

Acesso livre

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  • Folheto turismo:
Como chegar lá? Boas Práticas

Boas Práticas

Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

  • Respeitar todas as sinalizações;
  • Não aceder a zonas vedadas;
  • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
  • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
  • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
  • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
  • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
  • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
  • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
  • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
  • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
  • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
  • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

Para saber mais:

AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

Contactos DGPC

Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

 

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