Anta de Melriça

Anta/Dólmen - Neo-Calcolítico (475)
A anta da Melriça localiza-se num planalto, em posição isolada, com boas condições de visibilidade, inserindo-se numa paisagem com uma expressiva concentração de monumentos funerários megalíticos. Este monumento megalítico é constituído por uma câmara de planta poligonal irregular (com cerca de 3,50 de diâmetro), formada por sete esteios de granito, dos quais três se encontram conservados, com cerca de 3 m de altura e uma grande laje de cobertura. Nos trabalhos arqueológicos realizados nesta anta não se registaram vestígios de corredor. No interior e exterior do monumento identificam-se elementos pétreos de dimensões variadas, que constituem vestígios da mamoa. Esta anta foi identificada e escavada por Francisco Pereira da Costa, no final do século XIX, tendo sido alvo de trabalhos de valorização no final do século XX, pela Câmara Municipal de Castelo de Vide. As características arquitetónicas desta anta permitem enquadrá-la cronologicamente no Neolítico Final / Calcolítico (3500 - 2000 a. C.). Este monumento encontrava-se duplicado com o monumento do Alpalhão (CNS 5511), localizado na freguesia de Alpalhão, concelho de Nisa, esta uma localização administrativa erradamentebaseada em J. L. Vasconcelos, que indica uma anta "na estrada de Castelo de Vide a Alpalhão", apresentando o desenho do sepulcro (Vasconcelos, 1922: 121 - n.º 9; Est. III - Fig. 7). Corresponde ao "Dolmin ou Anta de Melriço" escavado por P. da Costa (1868: 67-68, Est. I - Fig. 1a-b) e classificado como Monumento Nacional em 1910 (DG 23/06/1910: 2163). J. Oliveira, para o Levantamento Arqueológico do Concelho de Castelo de Vide designa-o de "Tapada da Anta" (Oliveira, 1986: n.º 1).

Informação

Monumento megalítico integrado no Roteiro Arqueológico de Castelo de Vide e no Percurso Pedestre Grande Rota de Castelo de Vide. No Centro de Interpretação do Megalitismo, localizado no piso inferior do Edifício lateral da Praça de Armas do castelo de Castelo de Vide, encontram-se expostos materiais arqueológicos e painéis informativos sobre esta temática.

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Como chegar lá? Boas Práticas

Boas Práticas

Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

  • Respeitar todas as sinalizações;
  • Não aceder a zonas vedadas;
  • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
  • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
  • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
  • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
  • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
  • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
  • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
  • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
  • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
  • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
  • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

Para saber mais:

AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

Contactos DGPC

Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

 

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