Alcalar 3

Tholos - Calcolítico (3512)
O monumento megalítico designado por Alcalar 3 corresponde a um tholos, integrado na grande necrópole megalítica localizada na envolvente do povoado pré-histórico de Alcalar (CNS 2781). Este monumento situa-se a ocidente do monumento Alcalar 1 (CNS 11310), entre este e o monumento Alcalar 2 (CNS 4298), integrando o núcleo central da referida necrópole, constituído por quatro outras estruturas funerárias (Alcalar 4 - CNS 7234; Alcalar 5 - CNS 7241; Alcalar 6 - CNS 7245 e Alcalar 10 - 7232). Este monumento funerário tipo tholos, primeiramente identificado por Estácio da Veiga (1887), orientado a sudeste, apresenta um átrio de planta quadrangular, com porta de acesso a um corredor comprido, com cerca de 6 m de comprimento, segmentado em três tramos, que estreitam a passagem. O último segmento do corredor parece funcionar como uma antecâmara, com uma "laje - porta" de grés vermelho. A câmara deste monumento é de planta circular, constituída por 13 esteios, com nicho lateral (orientado a NO), com cerca de 2,80 m de diâmetro. Esta estrutura apresenta uma cobertura construída com o sistema de falsa cúpula. No exterior, identificava-se uma mamoa, com cerca de 20 m de diâmetro, constituída por pedras de calcário de diferentes dimensões, que cobria o tholos. Na câmara e no corredor registaram-se vestígios antropológicos que podem corresponder a ossários. No nicho lateral identificou-se a inumação de um indivíduo, provavelmente do sexo masculino, acompanhado por espólio composto por utensílios talhados em sílex e por um conjunto diversificado de artefactos de cobre (adagas, placas de uso indeterminado, escopro, formões e punções). As características excepcionais desta inumação e a sua posição segregada indicam que este indivíduo teria uma posição social destacada. As características arquitetónicas deste monumento megalítico e os materiais arqueológicos recolhidos no seu interior permitem enquadrá-lo cronologicamente no Calcolítico (2900 - 2000 a. C.), correspondendo ao período de ocupação mais intensa da necrópole de Alcalar. Atualmente encontra-se visível a câmara e parte do corredor do tholos Alcalar 3. (actualizado por C. Costeira, 13/07/2018).

Informação

Centro Interpretativo associado aos monumentos funerários Alcalar 7 e 9. No Museu de Portimão encontra-se mais informação e alguns materiais de Alcalar. Sítio integrado no Roteiro Mexilhoeira Grande, na Rota da Dieta Mediterrânica e nos Itinerários Arqueológicos do Alentejo e Algarve.

Condições da visita

Acesso livre

Horários

Documentos

    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

    1 Votaram neste sítio