Nora Velha 1

Tholos - Calcolítico e Idade do Bronze (3894)
O tholos Nora Velha 1 integra-se no Circuito Arqueológico da Cola, constituído por diversos monumentos megalíticos (Fernão Vaz 1 (CNS 10731 e 2 CNS 10730), povoado calcolítico do Cortadouro (CNS 1652), necrópoles da Idade do Bronze e do Ferro (Nora velha 2 CNS 7593, Alcaria 1 e 2, CNS 1075; CNS 11547, Atalaia CNS 1635, Vaga Cascalheira CNS 16488, Casarão CNS 10729, Pego Sobreiro CNS 1018) e os povoados da Idade do Ferro (Porto Lajes CNS 4077, Fernão Vaz CNS 3153) e o Castro da Cola (CNS 158) com ocupações medievais. Este monumento funerário localiza-se numa pequena elevação sobranceira ao rio Mira, tendo sido escavado por Abel Viana (1959), no âmbito de trabalhos desenvolvidos no Castro da Cola e suas áreas envolventes. Nos anos 60, o casal Leisner escavou alguns contextos funerários, enquadráveis na Idade do Bronze. Em 1995, a realização de uma sondagem arqueológica, enquadrada no projeto de valorização do sítio permitiu detetar os vestígios da mamoa no exterior. Este tholos é constituído por uma câmara de planta circular, com cerca de 3,5 m de diâmetro, revestida por pequenas lajes colocadas na vertical, corredor curto, com quatro esteios conservados no lado norte e com a entrada demarcada por grande laje em grauvaque. Esta laje, que poderia resultar do reaproveitamento de uma estela-menir, apresenta a face interna insculturada com figuras geométricas e a face virada para o corredor com 23 covinhas. A cobertura deste monumento seria em falsa cúpula, registando-se vestígios da mamoa (elaborada em lajes de xisto de pequena e média dimensão) no exterior. No interior do monumento funerário identificaram-se materiais relacionados com as utilizações calcolíticas, nomeadamente artefactos de pedra lascada (trapézios, lâminas, pontas de seta), machado e enxó de pedra polida, contas em xisto e calaíte, recipientes cerâmicos com características diversificadas. Associado às reutilizações mais recentes deste monumento identificaram-se fragmentos de cerâmica pintada, contas de colar em ouro e âmbar. As características arquitetónicas deste monumento e os materiais recolhidos no seu interior permitem enquadrar a sua construção e utilização durante o Calcolítico (3º milénio a. C.), com reutilizações no Bronze final / I Idade do Ferro. (atualizado por C. Costeira, 07/01/19)

Informação

O sítio tem condições de visita, estando integrado no Circuito Arqueológico da Cola, com informações disponíveis no Centro de Acolhimento do Castro da Cola e Posto de Turismo de Ourique.

Condições da visita

Entrada livre associada a estrutura museológica

Horários

Centro de Acolhimento do Castro da Cola: 01 de Maio a 15 de Setembro - 09h30 - 12h30 | 15h00 - 18h30. 16 de Setembro a 30 de Abril - 09h30 - 12h30 | 14h00 - 17h30. Encerra às terças e quartas-feiras de manhã, dia 01 de Janeiro, Domingo de Páscoa e dia 25 de Dezembro.

Contactos

Documentos

    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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