Postasneiros

Via - Romano (3380)
Também designada como via de Cajadães. A via de Postasneiros, ou Postaneiros (São Vicente de Lafões/Oliveira de Frades/Viseu), foi identificada entre as povoações de São Tiaguinho e Cajadães, atravessando o aglomerado habitacional de Postaneiros. Geograficamente insere-se na região Centro, mais concretamente na sub-região de Dão - Lafões, e na bacia hidrográfica do rio Vouga, área com condições propícias à prática agrícola. O troço de via identificado é ladeado por campos agrícolas e pinhais, sendo a única rua da pequena povoação de Postaneiros. Em bom estado de conservação, é constituída por grandes lajes, com uma largura que varia entre os 3,6m e os 4,6m, alargando nas curvas. Parte do traçado, que atravessa uma zona de declive, foi construído adossado à encosta, pelo que, no limite oposto ("externo") apresenta um desnível, variável consoante a base do terreno, entre 1m - 1,5m de altura. Esta margem lateral "externa" foi reforçada com contrafortes, colocados a espaços, e dos quais são actualmente visíveis sete. Nas zonas mais aplanadas (perto da povoação) a via foi alteada em relação ao terreno circundante. Em algumas zonas é visível o desgaste correspondente à passagem dos rodados dos veículos que circularam neste troço de estrada até inícios do século XXI, quando era o único meio de acesso à povoação de Postaneiros. Desconhece-se a época de construção. Segundo J.L. Inês Vaz, o troço de Postaneiros integrava uma via principal que, em época romana, ligaria Viseu a uma via litoral. Deste longo percurso restam alguns troços de calçada, como este de Postaneiros, encontrando-se assinalados, nas proximidades os troços de S. Tiaguinho (CNS 3379), a nascente, e o de Vilarinho (CNS 19737), a poente. Não tendo sido efectuados trabalhos arqueológicos, e estudos mais aprofundados, não é possível caracterizar com mais pormenor este troço de via, a que alguns autores atribuem uma origem romana. [atualizado por I. Inácio, 17/09/19]

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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