Arrifana

Fortificação - Moderno (4662)
A fortaleza da Arrifana está implantada num promontório alcantilado, a 70 m acima do nível do mar, a Norte da baía da Arrifana, num local de ampla visibilidade sobre a praia e a Costa Vicentina. Esta fortaleza foi construída em 1635, no reinado de Filipe III, com o objetivo de proteger a costa ocidental algarvia, em particular os pescadores de atum da baía da Arrifana de ataques de corsários. A fortaleza da Arrifana apresenta uma planta irregular, sendo constituída por duas partes, ligadas por uma pequena língua de rocha (desfiladeiro), muito afetada pela erosão. A entrada para o recinto era efetuada por uma porta em arco de volta perfeita, encimada por uma pedra de armas, com indicação da data de construção do forte e contendo o escudo de Portugal e o brasão da família Coutinho (à qual pertencia o governador do Algarve D. Gonçalo Coutinho). No interior da fortaleza, próximo da porta de entrada, localizava-se a casa da guarda, os compartimentos para o alojamento da guarnição e o paiol. Transposto o desfiladeiro, onde se situava o corredor de ligação, muito afetado pela erosão marítima, identificam-se vestígios da bateria avançada sobre o mar, na qual existiam duas bocas-de-fogo em bronze. A posição proeminente sobre o mar e o isolamento desta fortaleza condicionaram a sua manutenção, tendo-se realizado várias obras de remodelação, ao longo do século XVIII, principalmente após o terramoto de 1755. No século XIX, a fortaleza da Arrifana entra em declínio, estando totalmente abandonada em 1861. (actualizado por C. Costeira, 03/05/18).

Informação

O sítio arqueológico está preparado para receber visitas, tendo um passadiço de madeira que permite aceder ao interior da fortaleza e desfrutar do miradouro. Este sítio está integrado na Rota de al-Mutamid, Rota Vicentina e Caminho Histórico - Arrifana - Carrapateira.

Condições da visita

Acesso livre

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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