Anta 1 da Aldeia de Bertiandos

Anta/Dólmen - Neo-Calcolítico (2857)
A Anta 1 da Aldeia de Bertiandos localiza-se no topo de uma elevação proeminente, próximo da Barragem de João Maçarico, a pouca distância das Anta 2 (CNS 2858) e 3 (CNS 2859) da Aldeia de Bertiandos. Este monumento megalítico, intervencionada por Manuel Heleno na década de 30 do século XX, é constituído por uma câmara de planta poligonal (com cerca de 2,90 m de diâmetro), formada por sete esteios bem aparelhados e afeiçoados, e por um corredor longo (com cerca de 3,70 m de comprimento máximo), orientado a nascente. A laje de cobertura apresentava um conjunto de covinhas e encontrava-se tombada sobre o corredor. No exterior identificam-se vestígios de uma imponente mamoa. Manuel Heleno refere a existência de dois nichos, localizados na câmara e no corredor. No interior da câmara foram encontrados vários indivíduos inumados, com os crânios orientados para Este. Identificou-se também um vasto e diversificado espólio, composto por artefactos líticos lascados (seis lâminas de sílex, seis núcleos e 70 pontas de seta em sílex e xisto silicioso), 16 machados de pedra polida, nove enxós, nove vasos inteiros e inúmeros fragmentos de recipientes de cerâmica, contas discóides de xisto, um pendente de variscite e uma placa de xisto gravada. As características arquitectónicas e artefactuais desta anta permitem enquadrá-la cronologicamente no Neolítico Final / Calcolítico (3500 - 2000 a. C.). Relocalizada por L. Rocha (2002, relat. 2004) e C. Martinho (2009).

Informação

Monumento integrado no Roteiro Megalítico de Coruche, Percurso de Martinianos. Contactar previamente o Museu de Coruche para realizar o percurso.

Condições da visita

Por marcação

Horários

Contactos

Documentos

    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

    0 Votaram neste sítio