Amantes 1

Cromeleque - Neo-Calcolítico (5196)
O monumento megalítico Amantes 1 encontra-se implantado no topo de uma colina, a 55 m de altitude, no curso médio da Ribeira da Zorreira, a cerca de 250 m a sudeste das casas que constituem o Monte dos Amantes e a 1,8 km de Vila do Bispo. Este monumento corresponde a um cromeleque de planta elíptica, que mede cerca de 53 m no seu eixo maior e apresenta uma orientação este - oeste. Este recinto era constituído por sete menires, talhados em calcário branco, com morfologias elípticas e subcilíndricas, que mediam entre 0,62 m e 3,70 m de altura, localizando-se nas proximidades de quatro outros núcleos de menires, nomeadamente Amantes 2 (CNS 5197), Pedra Escorregadia (CNS 5194), Casa do Francês (CNS 729) e Cerro do Camacho (CNS 5195), enquadrados no complexo megalítico do Barlavento Algarvio. Os artefactos arqueológicos (machados, enxós, mós, líticos lascados) recolhidos durante os trabalhos de prospeção e escavação na área do recinto megalítico colocam a hipótese da sua utilização como espaço de habitat no Neolítico final - Calcolítico inicial (3500 - 2800 a. C.). Todavia, a construção do monumento megalítico poderá ser anterior a este período. O cromeleque dos Amantes foi identificado e publicado por Mário V. Gomes na década de 70 do século XX, estando os sete menires tombados e alguns dos quais fragmentados. (actualizado por C. Costeira, 03/08/2018).

Informação

Monumento megalítico integrado no Roteiro do Monte dos Amantes. Folheto disponível.

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  • Folheto da rota:
Como chegar lá? Boas Práticas

Boas Práticas

Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

  • Respeitar todas as sinalizações;
  • Não aceder a zonas vedadas;
  • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
  • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
  • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
  • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
  • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
  • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
  • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
  • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
  • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
  • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
  • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

Para saber mais:

AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

Contactos DGPC

Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

 

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