Lavajo I / Afonso Vicente

Menir - Neo-Calcolítico (8213)
O monumento megalítico Lavajo I encontra-se implantado no topo de uma colina, a 155 m de altitude, entre o Vale do Lavajo e o Barranco do Lavajo, aproximadamente 1,5 km a nordeste da povoação de Afonso Vicente, na freguesia de Alcoutim. Este monumento megalítico corresponde a um alinhamento de três menires em grauvaque, de dimensões diversificadas e múltiplas decorações. Atualmente encontram-se dois menires no local original, um dos quais de morfologia fálica, com cerca de 3,14 m de comprimento e outro fragmentado em três blocos de formato estelar, o terceiro menir, muito fragmentado, é visitável no núcleo arqueológico de Alcoutim. A decoração destes menires adequa-se à sua morfologia, sendo composta por diversos motivos, nomeadamente sulcos verticais, "covinhas", formas geométricas circulares ou semi-circulares (ferraduras) e antropomórficos. O núcleo de menires de Lavajo I relaciona-se com um conjunto de quatro menires de menores dimensões, não decorados, localizado do outro lado de um pequeno vale, a cerca de 250 m (Lavajo II). Os artefactos arqueológicos recolhidos durante os trabalhos de escavação e as características decorativas dos menires permitem enquadrá-los cronologicamente entre o Neolítico final e o Calcolítico inicial (3500 - 2800 a. C.). Este alinhamento de menires, de características singulares, corresponde a um dos raros monumentos megalíticos não funerários identificado no Sotavento Algarvio. (actualizado por C. Costeira, 29/03/18).

Informação

O monumento arqueológico encontra-se protegido por uma vedação, sendo possível visitá-lo pelo exterior e tirar fotografias . Presença de painel explicativo no local e folheto explicativo em formato digital. O sítio está integrado na Rota da Dieta Mediterrânica.

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Acesso livre

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Como chegar lá? Boas Práticas

Boas Práticas

Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

  • Respeitar todas as sinalizações;
  • Não aceder a zonas vedadas;
  • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
  • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
  • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
  • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
  • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
  • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
  • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
  • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
  • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
  • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
  • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

Para saber mais:

AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

Contactos DGPC

Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

 

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