Olival da Pega 2

Anta/Dólmen - Neolítico Final e Calcolítico (590)
Este monumento megalítico localiza-se num dos extremos a nordeste da planície de Reguengos de Monsaraz, junto à ribeira da Pega, sendo constituído por uma anta e três tholoi, fazendo parte de um complexo funerário a que se associa a Anta 1 do Olival da Pega (CNS 15272). A anta 2 do Olival da Pega é constituída por uma câmara de planta poligonal, formada por sete esteios e um corredor longo, com cerca de 16 m de comprimento, formado por dez esteios de cada lado, talhados em diferentes matérias-primas. Ao corredor foram acrescentados dois grandes esteios de xisto, profusamente decorados com covinhas. No exterior, identificam-se quatro áreas funerárias, anexas ao corredor, três das quais correspondem a monumentos tipo tholoi. O tholos Olival da Pega 2b localiza-se no lado esquerdo do corredor da anta, apresentando uma câmara ortostática com cúpula em alvenaria e corredor ortostático, com cerca de 3,00 m por 3,20 m. O tholos Olival da Pega 2e corresponde a uma pequena construção com semelhanças ao tholos OP 2b. O tholos Olival da Pega 2 d é constituído por câmara e corredor de alvenaria, com cerca de 4,10 m por 4, 16 m. À entrada do corredor, associada às duas estelas de xisto decoradas com covinhas, identificou-se uma deposição funerária individual, muito deteriorada, com artefacto metálico como espólio. No interior destes diversos contextos funerários identificou-se um conjunto amplo e heterogéneo de artefactos, composto por cerca de 60 recipientes cerâmicos completos, morfologias e dimensões variadas, elementos de adorno (contas de colar e alfinetes de cabelo em osso), estatuetas zoomorfas (raposa), artefactos de pedra lascada (lâminas, lamelas, pontas de seta, alabardas) e polida (machados), elementos de mós manuais, placas de xisto gravadas completas e algumas reaproveitadas e fragmentos de cabos de báculos em xisto. As características arquitetónicas destes monumentos e os materiais recolhidos no seu interior permitem enquadrar a sua construção e utilização nos finais do 4º e ao longo do 3º milénio a. C. (3500 / 2000 a. C.). A diversidade cronológica de ocupações funerárias e rituais desta anta evidencia a complexidade e longevidade simbólica do complexo funerário do Olival da Pega. Este monumento megalítico foi intervencionado por Victor S. Gonçalves entre 1992 e 1997, tendo sido alvo de diversas publicações e exposições. (atualizado por C. Costeira, 19/11/2018).

Informação

Monumento megalítico integrado no Roteiro do Alqueva.

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Acesso livre

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      Como chegar lá? Boas Práticas

      Boas Práticas

      Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

      Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

      Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

      Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

      Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

      Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

      • Respeitar todas as sinalizações;
      • Não aceder a zonas vedadas;
      • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
      • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
      • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
      • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
      • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
      • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
      • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
      • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
      • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
      • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
      • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

      Para saber mais:

      AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

      Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

      Contactos DGPC

      Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

       

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