Évora - Termas Romanas / Évora - Câmara Municipal

Termas - Romano (4195)
Os trabalhos arqueológicos realizados no interior do edifício da Câmara Municipal de Évora, antigo solar dos Condes da Sortelha, localizado na Praça de Sertório, nos anos oitenta e noventa do século XX (Correia, 1990; Sarantopoulos, 1986/87; Sarantopoulos, 1994; Sarantopoulos, 1995) permitiram identificar vestígios do complexo termal da cidade de Liberalitas Iulia Ebora. Este complexo termal romano teria sido construído nos séculos II - III d. C. e corresponderia a um dos edifícios públicos mais imponentes desta cidade. Na área escavada das termas, cerca de 300 m2, identificou-se a sala de banhos quentes e a vapor (laconicum), que apresentava uma morfologia circular abobadada, com cerca de 9 m de diâmetro, com tanque central (com 5 m de diâmetro), formado por três degraus revestidos por placas de mármore, algumas das quais com decorações vegetalistas e parte do hypocaustum, com o chão revestido de tijoleira e 48 colunas de tijolos, que permitiam que o ar quente circulasse. Escavaram-se também alguns espaços de serviço, como o praefurnium, constituído por quatro fornalhas para aquecimento das várias áreas das termas e a piscina ao ar livre (natatio), de morfologia retangular, com cerca de 14 m de comprimento e 1,30 m de profundidade, com vestígios da escadaria de acesso. As termas estavam associadas a um sistema de canalizações, reservatórios e um aqueduto, que garantiriam o abastecimento de água, mas que ainda não foi arqueologicamente identificado. (atualizado por C. Costeira, 07/02/19).

Informação

As termas romanas de Évora encontram-se no interior do Edifício da Câmara Municipal. Circuito de visita e folheto informativo em formato digital.

Condições da visita

Acesso livre com informação

Horários

De segunda-feira a sexta-feira das 09h00 às 17h30. Encerra aos fins de semana e feriados.

Documentos

Como chegar lá? Boas Práticas

Boas Práticas

Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

  • Respeitar todas as sinalizações;
  • Não aceder a zonas vedadas;
  • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
  • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
  • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
  • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
  • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
  • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
  • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
  • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
  • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
  • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
  • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

Para saber mais:

AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

Contactos DGPC

Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

 

3 Votaram neste sítio