Menir de São Bartolomeu do Mar

Menir - Idade do Bronze (11114)
O monumento implanta-se aproximadamente a 14m para sudoeste da igreja nova da freguesia de São Bartolomeu do Mar e a cerca de 750m para este da linha de costa, numa área de depósitos de praia antiga com cotas que oscilam entre os 15 e os 25m. A estátua-menir, localmente conhecida como "padrão" ou "pedrão", de acordo com a tradição oral teria sido erguida pelo mar, havendo a crença que, caso fosse tombado, o mar regressaria a esse local. O monólito elaborado em granito apresenta 2,10m de altura e morfologicamente exibe uma secção triangular (0,72m na base, 0,60m a meio e 0,40m no cimo), sendo mais espesso na base e apresentando um estrangulamento no topo que parece evidenciar a zona da cabeça. A estátua-menir apresenta três faces, a principal, virada a sul, de contorno antropomórfico devido ao estreitamento da parte superior. Encontra-se decorada na área central com oito covinhas que formam duas linhas paralelas, agrupadas duas a duas. Apresenta ainda três covinhas do lado esquerdo e uma quarta do lado direito, alinhada simetricamente com a central do lado esquerdo. A face Noroeste apresenta cinco covinhas e a face Nordeste duas, totalizando 19 fossetes em todo o monumento. Ao nível tipológico Vitor Oliveira Jorge, Martinho Baptista e António Bacelar Gonçalves levantam a hipótese de se tratar de um monumento de transição, atendendo ao antropomorfismo apresentado, entre menir e estátua-menir e Lara Bacelar integra-o na categoria de estátua-menir, cronologicamente enquadrável na Idade do Bronze. Apesar de ser conhecido pela população local desde tempos imemoriais, o monumento foi arqueologicamente identificado em 1980, por Nuno Costa Machado, tendo-se realizado uma deslocação ao local para confirmação do achado em 1984, efetuada por Vitor Oliveira Jorge, Martinho Baptista e António Bacelar Gonçalves, acompanhados pelo pré-historiador Charles-Tanguy Le Roux. (atualizado por F. Bragança, 03/07/19).

Informação

Monumento de livre acesso, integrado no Roteiro Arqueológico do Município de Esposende.

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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