Monumento megalítico do Lousal/Lousal 1

Anta/Dólmen - Calcolítico (3964)
O monumento megalítico do Lousal localiza-se numa área aplanada, na fachada oriental da Serra de Grândola, próximo de afloramentos de Grauvaque, a cerca de 1500 m do Parque Mineiro do Lousal. Este monumento funerário encontra-se em posição isolada, nas proximidades dos monumentos Lousal 2 (CNS 7756); Lousal 3 (CNS 7757), Lousal 4 (CNS 11356) e Lousal 5 (CNS 33722). A implantação destes monumentos parece ter uma estreita relação com os chapéus de ferro (gossen), zonas com uma coloração superficial avermelhada muito imponente, que se destacam nesta paisagem. Este monumento megalítico, de arquitetura atípica e difícil caracterização, é constituído por uma câmara de planta circular (com cerca de 2, 30 m de diâmetro), formada por oito esteios de grauvaque, com cerca de 1,6 0 m de altura máxima, câmara secundária ou pequeno nicho de morfologia oval, separadas por uma passagem estreita e corredor rectílineo longo (cerca de 2, 20 m de comprimento), orientado a sudeste. Estas características assemelham-se aos monumentos de falsa cúpula (tholos). No exterior identifica-se a laje de cobertura, bem como vestígios do tumulus. No interior deste monumento funerário recolheu-se um espólio diversificado, composto por recipientes cerâmicos (taças de perfil liso e carenado e vaso com carena alta), braçal de arqueiro em xisto, ponta de cobre tipo Palmela, punção de cobre, movente de mó manual e nódulos de ocre. As características arquitetónicas deste monumento e os materiais recolhidos no seu interior permitem enquadrá-lo cronologicamente entre o Neolítico Final e o Calcolítico Final (3500 - 2000 a. C.). O monumento megalítico do Lousal foi identificado por Rodrigues Cavaco e escavado por Octávio da Veiga Ferreira e uma equipa dos Serviços Geológicos na década de 50 do século XX. As intervenções arqueológicas mais recentes realizadas neste monumento foram da responsabilidade de Nuno Inácio (2013), integrando-se num projeto de valorização e construção de roteiros culturais em parceria com o Centro de Ciência Viva do Lousal - Mina da Ciência. (atualizado por C. Costeira, 14/12/18).

Informação

Monumento integrado no Roteiro Lousal Geomegalítico, com condições de acesso e paineis explicativos no local.

Condições da visita

Acesso livre com informação

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    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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