Castelo de Alcoutim

Castelo - Idade do Ferro - 2º, Romano, República, Medieval Cristão, Moderno e Contemporâneo (2650)
O castelo de Alcoutim ergue-se na encosta de uma colina, situada na margem direita da ribeira de São Marcos, junto da sua confluência com o Guadiana. Nesta colina identificaram-se vestígios arqueológicos de ocupações cronologicamente enquadradas na Idade do Ferro e no período Romano Republicano. A construção do castelo de Alcoutim terá ocorrido nos inícios do século XIV, após a doação do foral à vila, iniciando-se no reinado de D. Dinis e terminando no de Afonso IV. Esta estrutura militar de planta poligonal irregular, em xisto, sem torres adossadas às muralhas e com duas portas, uma orientada a norte e outra a leste, corresponde a um ponto estratégico na defesa da fronteira portuguesa na Baixa Idade Média. No século XVI, durante o reinado de D. Manuel, o castelo de Alcoutim sofre várias remodelações nas suas áreas interiores, construindo-se uma nova porta gótica de fecho ogival na muralha leste. Nas guerras da Restauração da Independência do século XVII, a importância estratégica do castelo de Alcoutim na defesa da fronteira conduziram ao seu reforço estrutural e adaptação das suas estruturas às inovações militares (artilharia) da época Moderna. Assim, as muralhas adaptaram-se à presença de artilharia, transformou-se um edifício no paiol de pólvora e posicionaram-se canhões na direção da fortaleza espanhola de Sanlúcar de Guadiana. No século XIX, as funções militares desta estrutura foram-se restringindo, registando-se o abandono de alguns compartimentos. O castelo de Alcoutim foi alvo de um projeto de valorização entre 1992 e 1994, tendo-se realizado várias intervenções arqueológicas que permitiram documentar as diferentes fases de construção e reconstrução desde o século XIV até ao século XIX. No interior do castelo situa-se o núcleo de arqueologia que alberga uma exposição do património arqueológico de Alcoutim, integrando materiais provenientes de diversos sítios arqueológicos do concelho. (actualizado por C. Costeira, 04/04/18).

Informação

O sítio arqueológico dispõe de um núcleo museológico visitável. Informação disponível em suporte digital e folheto explicativo. Bilhete adquirido no local.

Condições da visita

Entrada com aquisição de bilhete

Horários

De 01 de Outubro a 31 de Março das 09h00 às 17h00. De 01 de Abril a 30 de Setembro das 09h00 às 19h00. Encerra nos dias: 01 de Janeiro, 24, 25 e 31 de Dezembro.

Contactos

Documentos

    Como chegar lá? Boas Práticas

    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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