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Autor, A.A. (2015) - Título do documento. Acedido em: dia, mês, ano em: URL.
DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2015
Relatório Pendente
31/05/2015
27/07/2015
Os principais objectivos em 2015 eram a continuação da realização de trabalhos de escavação na Oficina de Salga 4, a realização de uma sondagem para levantamento e contextualização de um conjunto de murex fragmentado na área da Necrópole do Mausoléu e a escavação da área do designado Tanque de Salga 17 da Oficina 2 para esclarecer a sua funcionalidade de entrada na Oficina 2. Estes trabalhos realizaram-se no âmbito de um programa da CEAACP-Summer School, com alunos de várias proveniências, de forma a dar continuidade à valorização de núcleos das ruínas, mais concretamente dos inseridos na segunda fase de musealização do sítio, futuramente enquadrados num novo circuito de visita.
Na Oficina de Salga 4, os trabalhos permitiram escavar níveis de piso tardios (um só piso com embasamento ou dois pisos?) que assentavam no pavimento original do pátio da área sudoeste, níveis esses que revelaram a utilização de muito material de entulho, datável do século I ao século V, com particular incidência no século IV. No nível superior, um piso argiloso, foi recolhida uma ânfora oriental do século VI que sugere uma reocupação tardia desta oficina reutilizando restos de demolições e argila para construir um novo piso. A remoção das areias a sudoeste do pátio permitiu delinear seis grandes tanques, três de cada lado de uma entrada central. A sondagem junto ao Mausoléu cumpriu o objectivo de contextualizar e recolher a concentração de murex fragmentado que aí estava exposta há anos. Considerando-se que o murex fragmentado se destinava à produção de púrpura, é um testemunho dessa actividade neste centro de produção de salgas de peixe, mas certamente sem expressão, dada a sua fraca quantidade. O murex assentava numa acumulação de materiais de construção num sedimento muito argiloso, que corresponderá à deposição de restos de construções e não a uma lixeira doméstica, como se presumia. Por baixo, um enterramento infantil que dará continuidade à concentração de sepulturas à roda do Mausoléu. Na Oficina 2 esclareceu-se a funcionalidade do espaço que tinha sido considerado como o tanque de salga 17 dessa oficina na sequência da escavação de 2008. Comprovou-se que se trata antes de um corredor de entrada na oficina que pertence ao plano original, demonstrando que originalmente cada um dos quatro lados da oficina tinha um corredor de entrada/saída. Este corredor foi posteriormente entaipado quando a parede noroeste foi reconstruída numa fase posterior. O corredor de entrada tem incorporada, ao longo da parede nordeste, uma canalização que escoava as águas para fora, e estava coberto por depósitos com cerâmicas dos séculos IV e V semelhantes a outras dos níveis de abandono desta oficina.
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Ana Patrícia Miranda Magalhães da Silva Ferreira, Maria Inês Correia de Barros Vaz Pinto e Patrícia Santiago Pinto Brum
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