Trabalhos arqueológicos na Rua dos Mercadores - Porto

Projeto arqueológico
  • Designação

    Categoria C - ações preventivas

  • Ano do Início/Conclusão

    1999/

  • Estado

    Aprovado

  • Objetivos

    Minimização de impactos por obras em ediíficos ou na própria via.

  • Resultados

    N.º 116: Esta intervenção caracterizou-se essencialmente por uma quantidade de estruturas que são essencialmente interfaces, ou seja cortes. Numa superfície de cerca de 35 m2, verificou-se como a rocha foi tão exaustivamente aproveitada ao longo do tempo. Parece estarmos perante uma zona rural, ocupada na época romana e ou medieval, só melhor esclarecida com um enquadramento geral dos vestígios arqueológicos que se têm encontrado na cidade. Quanto ao poço, são conhecidos dois nas proximidades, um na Casa do Infante de época romana e outro na Rua Mouzinho da Silveira de época medieval. A tipologia é semelhante entre eles e são feitos em silhares graníticos num buraco escavado no saibro. N.º 160-162: Os resultados da intervenção revelaram três fases cronológicas de ocupação daquele espaço. A mais recente (fase 3) situa-se nos séculos XIX e XX e encontrava-se documentada por diversos pavimentos, canalizações e vestígios de compartimentações internas, para além da parede Noroeste e da frontaria da parcela, a Sudoeste, que parece ter sofrido na época contemporânea alterações de alinhamento em relação à Rua dos Mercadores. À fase 2, datada dos séculos XVII-XVIII, pertencem diversos pisos de circulação em terra batida e um número ainda maior de ¿buracos de poste¿ e outros entalhes e cavidades no saibro natural, estruturas ligadas por certo a construções dessa época de que não restaram outros vestígios. A ocupação mais antiga (fase 1), classificada como de provável cronologia tardo-medieval ou dos inícios da época moderna, está representada apenas pela parede Sudeste, em silharia de grande aparato, que constitui aliás o alçado exterior da parcela contígua (nº 156-158), uma notável casa-torre datada em torno do século XV. Muito embora o potencial estratigráfico seja reduzido e a área sondada seja bastante representativa da superfície total do piso térreo, recomenda-se, como medida cautelar, que quaisquer obras a realizar no edifício que impliquem afectação do subsolo ou limpeza dos rebocos das paredes tenham o devido acompanhamento arqueológico. N.º 154: Os trabalhos de acompanhamento arqueológico permitiram verificar que a área afectada pela obra tinha sido recentemente remexida, não se tendo identificado quaisquer estruturas arqueológicas. Imediatamento sob o pavimento actual detectou-se apenas um nível de aterro que cobria uma infra-estrutura pré-existente, datável do século XX. Nº 42 - Analisados todos os elementos recolhidos no terreno assim como no Arquivo, não nos é possível avançar com um balizamento cronológico sustentado para o local em análise. Ao nível das fundações em sede de sondagens prévias, devido à diminuta potência estratigráfica do local, aos poucos materiais recolhidos e às estruturas identificadas, aponta-se para uma ocupação enquadrada nos séculos XVIII/XIX. Já quanto ao edificado, por um lado existe uma licença de obra que documenta alterações na fachada nos inícios do século XX mas, por outro, temos um aparelho construtivo muito arcaico na parede de meação Sul e uma janela que apresenta pouca geometria no seu enquadramento, abrindo a possibilidade de se tratar de uma parede de cronologia anterior ao século XVIII, numa qualquer altura em que ainda não deveria existir nenhum edifico imediatamente a Sul.

  • Responsável

    NÃO SE APLICA

  • Co-Responsáveis

    Anabela Pereira de Sá, António Manuel dos Santos Pinto da Silva, Carlos Alberto Fernandes Loureiro, Carlos Emanuel Araújo Ferreira, Carmen Marisa Marques Pereira de Almeida da Fonseca, Catarina Alexandra Fernandes Mendes, Edite Martins de Sá, Fátima Sofia Oliveira da Silva, Gabriel Rocha Pereira, Gina Maria Mendes Dias, Helena Hasson, Hugo Fernando Parracho Gomes, Jorge Manuel Vieira Fonseca, João Nuno Barroso Andrade Gonçalves Machado, João Paulo Coelho da Silva Guinea Barbosa, Lídia Maria Gonçalves Baptista, Lília Neto Basílio, Maria da Graça Gonçalves Pereira, Mariana Leonor Costa Fafiães, Miguel Jorge Gomes Tavares de Almeida, Mário Carlos Sousa Gonçalves, Nuno André Coelho Gomes, Paulo André de Pinho Lemos, Pedro Abrunhosa de Carvalho Martins Pereira, Ricardo José Duarte Santos, Ricardo Manuel Pimenta dos Santos, Rita Gonçalves Pedro Casimiro da Costa, Roger Prieto de la Torre, Sandra Carla Pais Barbosa, Sandra Maria Salazar Ribeiro Ralha, Sofia Rodrigues da Cruz Pinho Soares, Susana Andreia Batista de Almeida Nunes, Susana Cristina da Silva Borges Camilo da Silva e Susana Maria Rodrigues Cosme

  • Pessoas (relação)

    Paula Cristina Martins Barreira Abranches (Por Classificar)

Relatórios (-)