Crasto

Sítio (20556)
  • Tipo

    Indeterminado

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Vila Real/Chaves/Paradela

  • Período

    Indeterminado

  • Descrição

    Este sítio tem sido referido como sendo um povoado fortificado, embora sem nunca serem especificadas as suas características. Apenas João Vaz de Amorim refere explicitamente a existência de uma muralha, sem acrescentar mais detalhes. A zona do topónimo Crasto localiza-se a cerca de de 3 km a Sudoeste de Paradela, sobre a margem direita da ribeira do Torneiro, ocupando uma área de apreciável extensão, com dois ou três pequenos e pouco destacados cabeços rochosos, e as depressões entre eles. O limite Norte da zona do topónimo é um pequeno e pouco elevado cabeço, de topo aplanado e pontuado por variados afloramentos graníticos. Aqui, a população local refere a existência de um possível lagar escavado na rocha, descrito como tendo um tanque de forma circular ou ovalada, unido por canal de escoamento a uma lagareta. Não conseguimos encontrar esta estrutura, não sendo possível ter certezas sobre a sua real existência, mas poderá acontecer que esteja oculta por terra e mato. Na vertente Oeste deste mesmo cabeço encontra-se sim uma pequena pia rectangular escavada na rocha, num grande afloramento granítico de superfície aplanada e pouco destacado do solo. Não está associada a mais nenhum vestígio aparente, e a sua função é desconhecida. No entanto, tem uma forma, tamanho e profundidade muito semelhantes aos entalhes laterais de assentamento de estruturas que se encontram frequentemente nos lagares escavados na rocha desta região, e tendo em conta que o afloramento onde se encontra tem um tamanho e forma perfeitamente adequados para a construção de um destes lagares, é possível que esta pia fizesse parte de um lagar cuja construção, por alguma razão, não chegou a ser terminada. De resto, não se encontraram mais vestígios arqueológicois na zona, mas é de assinalar que a prospecção foi impossível de realizar na maior parte da zona do topónimo, devido ao denso e impenetrável matagal que cobre quase toda a área, sem caminhos intermédios, e incluindo dois pequenos cabeços sobre a ribeira, que apresentam aparentemente boas condições de implantação, sendo assim possível que possa haver efectivamente uma ocupação antiga nesta zona, fortificada ou não, talvez relacionada com estes dois possíveis lagares escavados na rocha.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Por um caminho que arranca da EN 503 para Sul

  • Espólio

    -

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    -

  • Processos

    -

Bibliografia (4)

A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal (1986)
Breves Notas sobre a região do Alto Tâmega (1984)
Inventário de sítios com interesse arqueológico do Concelho de Chaves (1984)
Por Montes e Vales...Terras de Monforte e Terras de Montenegro. Revista Aquae Flaviae (1995)

Fotografias (0)

Localização