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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Núcleo de Povoamento
Beja/Mértola/Mértola
Romano, Baixo Império, Alta Idade Média, Medieval Cristão e Moderno
Povoado. Núcleo urbano com ocupação desde os séculos IV-V d.C. São visíveis restos de capitéis e fustes pertencentes a um antigo espaço "basilical" do século VI, edifício até há pouco tempo utilizado como palheiro. Encontraram-se cerâmicas comuns, sigillatas e materiais de decoração arquitectónica. Nos trabalhos realizados em 2006 e 2007 detectaram-se vestígios que comprovam a existência de uma villa romana no local, possivelmente, já em fase de cristianização, utilizada como albergue de viajantes (xenodochium) que se deslocariam entre Myrtillis e Pax Iulia, já que o sítio se localiza na estrada entre essas duas povoações. O local continua a ser habitado, existindo aí uma pequena comunidade que geriria um pequeno templo rural já a funcionar na Antiguidade Tardia e cujo momento de abandono definitivo não é conhecido, sabendo-se, porém, que esta ermida, dedicada a S. Salvador, já se encontraria devoluta em finais so século XIX. e que a primeira referência, enquanto tal, à ermida de São Salvador do Mosteiro, data dos anos quarenta do século XVII. No seu interior e na envolvente foram identificadas 32 sepulturas correlacionáveis com a utilização cristã deste espaço. No momento presente (2017) constitui um dos Núcleos do Museu Municipal de Mértola.
Terrestre
IC 27 direção Mértola - Beja, desvio à direita pela EM 510 até ao Monte Mosteiro.
Cerâmicas comuns, sigillatas. Restos de pavimentos em mosaico, um bicromático e outro polícromo. Vários elementos arquitectónicos e arqueológicos dos períodos romano e paleocristão, muitos empregues como materiais de construção, estando inseridos em diversos edifícios do monte. Entre eles destacam-se fustes de colunas de mármore, base de colunas, fragmentos de impostas e numerosas tegulae integradas em muros de alvenaria de xisto local. Recuperados nos trabalhos arqueológicos foram, também, elementos arquitectónicos que apontam para datação do século VI Necrópole exterior - objectos de adorno (anel, brincos, contas de vidro, pulseira), que apontam para datações dos séculos V a VII. Uma figa de azeviche tem paralelos em objectos semelhantes do século XIII. Uma figurinha votiva em terracota possui paralelos em peças do século XVIII.
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S - 21689, 2006/1(097) e 98/1(129)