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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Villa
Portalegre/Monforte/Vaiamonte
Idade do Ferro, Romano, Idade Média e Moderno
A villa romana de Torre de Palma localiza-se numa extensa plataforma, com boa visibilidade sobre as planuras alentejanas. Os vestígios e estruturas romanas dispersam-se por duas lombas ligeiras, ocupando uma área de cerca de 13 000 m2, separada por uma pequena linha de água. Os diversos trabalhos arqueológicos realizados, desde a década de 40 do século XX ao início do século XXI, dirigidos por Manuel Heleno (1947 - 1964), Fernando de Almeida (1971) e Stephanie Maloney (1983 - 2000) permitiram identificar vestígios estruturais e artefactuais de uma imponente villa romana, com várias fases de construção e ocupação, cronologicamente balizadas entre o século I e o século VII d. C (período Romano / Antiguidade Tardia), bem como ocupações sidéricas anteriores (finais do século VII a. C. - início do século V a.C.), que correspondem a uma necrópole de incineração e eventualmente a estruturas domésticas; e vestígios posteriores (medievais e modernos), relacionados com espaços sepulcrais e religiosos. A área residencial desta villa organizava-se em torno de um peristilum de morfologia rectangular, com o qual comunicavam diversos compartimentos, muitos dos quais com pavimentos revestidos a mosaicos de grande qualidade artística. O triclinium (sala utilizada para banquetes) apresenta uma morfologia rectangular, sendo decorado com um mosaico que representa cernas mitológicas (mosaico das Musas). A sala de estar ou de recepção com triple abside exibe um mosaico com cinco cavalos, que pode estar relacionado com a criação destes animais e / ou com a sua importância desportiva. Os complexos termais situavam-se nas extremidades Este e Oeste (o de maiores dimensões e mais tardio) da villa, estando conservados vestígios de múltiplos compartimentos e dos sistemas de canalização. A pars rustica desta villa é bastante extensa, tendo-se identificado várias áreas funcionais (como lagares de azeite, vinho e forjas), espaços de armazenagem e compartimentos destinados aos servos e escravos, que no entanto carecem de uma análise mais aturada das suas estruturas e materiais. Os vários projetos de construção que ocorrem na villa de Torre de Palma entre os séculos I e IV d. C demonstram o crescimento económico e uma maior monumentalidade arquitetcónica e artística, evidenciando o elevado estatuto social dos seus proprietários. Nos finais do século IV, inícios do século V d. C. foi construída, a Norte da villa, sobre uma das necrópoles alto-imperiais, uma basílica paleocristã de planta retangular, com três naves, baptistério monumental cruciforme duplo, pavimentos revestidos por mármore e edifício adjacente (mosteiro ou escola eclesiástica). No século XIII foi erigida uma pequena capela / ermida a S. Domingos sobre os vestígios da basílica, evidenciando uma longa diacronia na ocupação religiosa deste espaço. Em torno da basílica paleocristã identificaram-se várias áreas funerários, que evidenciam a longa duração da ocupação deste espaço, bem como as profundas transformações religiosas e rituais vividas durante a Antiguidade Tardia / Alta Idade Média. (atualizado por C. Costeira, 11/02/19).
Terrestre
EN. 369, de Monforte para Vaiamonte, na Herdade de Torre de Palma, a cerca de 5 Km de Monforte, do lado esquerdo.
Ao longo das várias campanhas foram achados inúmeros artefactos entre eles, moedas, fragmentos de ferro, como lâminas e de artefactos de bronze como uma sítula. Foram também identificados inúmeros fragmentos de terra sigillata e outros fragmentos cerâmicos. De salientar os mosaicos de motivos equestres. Ara votiva dedicada a Marte - Museu Nacional de Arqueologia (Gonçalves, 2007)
Museu Nacional de Arqueologia
Classificado como MN - Monumento Nacional
Bom
S - 00331, 95/1(223), 99/1(210) e JN7/3(010)