Castelinho/Castelo dos Mouros

Sítio (5645)
  • Tipo

    Povoado Fortificado

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Bragança/Mogadouro/Vilarinho dos Galegos e Ventozelo

  • Período

    Idade do Ferro e Romano

  • Descrição

    Povoado fortificado de pequenas dimensões, localizado num cabeço em esporão sobre o rio Douro. Tem uma razoável implantação estratégica, controlando visualmente um bom troço do rio, e apresenta boas condições defensivas naturais, sendo acessível apenas pelo colo do esporão a Noroeste. É aqui na zona de acesso que se concentram as estruturas defensivas, cuja correcta visualização é bastante dificultada pela construção de diversos socalcos agrícolas. A parte superior do acesso tem um grande torreão circular, de onde arranca a única linha de muralha do povoado, a qual se prolonga pelo menos ao longo do flanco Oeste. Por debaixo do torreão surge um largo fosso escavado na rocha, ainda razovelmente visível, e mais ou menos bem conservado, apesar do seu próprio interior estar escalonado em vários pequenos terraços de sustentação de oliveiras. O istmo de acesso em frente ao fosso está ocupado com um grande campo de pedras fincadas, talvez a parte melhor conservada das estruturas defensivas de todo o povoado. O interior do povoado foi bastante afectado pela actividade agrícola e plantação de oliveiras, que destruiu parte da muralha no término do flanco Oeste. Não se notam vestígios, e é possível que os flancos Sul e Leste não estivessem defendidos com muralha, dado que descaem em falésia. No interior do povoado os materiais são escassos, havendo cerâmicas manuais da Idade do Ferro e algumas tegulas e cerâmicas comuns de época romana. Refira-se ainda que o abade de Baçal refere a existência de uma fraga onde se encontraria um santuário tipo Panóias. Chama-se Fraga do Calço, e está encostada ao povoado, na vertente Sudoeste, mas apenas pudemos observar uma única pia arredondada escavada na rocha, não nos parecendo à partida que a referência a um santuário aqui existente seja pertinente.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    A partir de Vilarinho dos Galegos toma-se um caminho de terra batida que segue para Sul. À saída da aldeia, tem-se uma bifurcação em V, seguindo-se pela esquerda, por um caminho que leva directamente ao sopé Norte do povoado.

  • Espólio

    Cerâmica: indígena, da Idade do Ferro, comum romana, Terra Sigillata Hispânica e de construção; vidro: dois fragmentos de cronologia romana; líticos: mó de granito, de vaivém e circulares, dormentes e moventes; metal: pequena chapa, em bronze, duas cavilhas em ferro e uma foice em ferro. Três pedaços de restos de metalurgia.

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    Mau

  • Processos

    S - 05645, 2003/1(283) e 82/1(034)

Bibliografia (11)

A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal (1986)
Catálogo dos monumentos e sítios arqueológicos do Planalto Mirandês (Proto-História). Brigantia (1994)
Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: arqueologia, etnografia e arte (1934)
Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança: arqueologia, etnografia e arte (1938)
Notável ouriçado de pedras fincadas no castro de Cunhas - Ardãos - Boticas. Boletín Auriense (1989)
Nuevos castros con piedras hincadas en el borde occidental de la Meseta. Seminário de Arqueologia do Noroeste Peninsular (1980)
O Leste do Território Bracarense (1975)
Pedras fincadas em Trás-os-Montes (Portugal). Chevaux-de frise i fortificació en la primera edat del ferro europea (2003)
Povoados castrejos portugueses e espanhóis da Bacia do Douro Internacional. Brigantia (1989)
Povoados fortificados com pedras fincadas em Trás-os-Montes. Conimbriga (2000)
Povoamento Romano de Trás-os-Montes Oriental (1993)

Fotografias (0)

Localização