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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Cidade
Braga/Braga/Braga (Maximinos, Sé e Cividade)
Romano e Idade Média
Na Rua D. Afonso Henriques, no centro histórico de Braga foram identificados diversos vestígios arqueológicos, balizados cronologicamente entre o séc. I a. C. e o final do séc. XX. Destaca-se a zona arqueológica da Escola Velha da Sé, situada entre o Campo das Carvalheiras, a oeste, a Rua Afonso Henriques, a sul, e a Rua Dom Frei Caetano Brandão, a este. Os trabalhos de escavação arqueológica que, desde a década de 90, têm vindo a ser realizados no âmbito do "Projeto de Salvamento de Bracara Augusta", permitiram identificar neste local parte de uma residência urbana - uma domus - da antiga cidade romana de Braga. Esta casa, construída no séc. I, desenvolvia-se em volta de um peristilo (perystilum), espaço exterior e amplo, que na zona central poderia possuir um tanque que recolheria as águas da chuva e contribuiria para a ornamentação do espaço. Em redor do peristilo, foram identificados diversos compartimentos, como quartos (cubicula), uma possível sala de jantar (triclinium) , bem como uma provável sala de receção (exedra). O acesso ao peristilo far-se-ia por um corredor, também identificado durante os trabalhos arqueológicos e que se situaria na parte nascente da casa. Entre os finais do século III e os inícios do século IV, foi construído um balneário na parte sudoeste do espaço, sacrificando-se o peristilo. Esta zona de banhos era composta por um vestiário (adpodyterium); duas salas tépidas (tepidaria), tendo sido, numa delas, identificado um hipocausto (hypocaustum) para aquecimento do espaço; uma sala fria (frigidarium); uma sala de banho quente (caldarium), assim como outros compartimentos que estariam relacionados com o adequado funcionamento do espaço. Ao nível decorativo, é de mencionar a observação de áreas pavimentadas a mosaico, como se verificou numa possível exedra, bem como num extenso corredor que ligaria esta sala, e o balneário, a outros compartimentos da casa. Este último mosaico encontrava-se decorado com um friso de cor branca e com motivos geométricos, de cor branca e preta. O espaço habitacional foi novamente alvo de remodelações, na segunda metade dos séc. IV, que compreenderam alterações como a reparação e subdivisão de alguns compartimentos, estimando-se que o espaço terá sido ocupado enquanto habitação até cerca dos séculos VI/VII, aquando da construção de um troço da muralha visigótica na zona oeste da casa. Os dados obtidos durante os trabalhos efetuados permitiram a caracterização e compreensão do sítio, não só como espaço residencial, mas também enquanto componente da cidade romana, tendo sido estudado e mencionado em várias publicações, designadamente por F. Magalhães e J. Ribeiro.
Terrestre
Rua Dom Afonso Henriques
Fragmentos de cerâmica predominantemente romana e de época moderna, achados metálicos, entre eles numismas em diferentes estados de conservação; fragmentos de vidro; alguns líticos, uma ara funerária, uma inscrição alusiva à roda dos enjeitados, reaproveitada numa ombreira de porta e duas bases de coluna
Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa
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S - 11690