Loja 1

Sítio (13067)
  • Tipo

    Villa

  • Distrito/Concelho/Freguesia

    Beja/Serpa/Brinches

  • Período

    Romano e Romano, Baixo Império

  • Descrição

    Trata-se certamente de uma das mais importantes villas do concelho. Esta implanta-se numa encosta voltada a sul junto à ribeira do Enxoé. Os materiais encontram-se dispersos por uma superfície com cerca de 20000 m2: quantidade significativa de fragmentos cerâmicos e estruturas arquitectónicas (terra sigillata hispânica e clara A, C e D, ânfora, dolia, almofariz de mármore, vidro, mós de granito, tijolo de coluna, um sestércio, mármore de revestimento, fuste de coluna, opus signinum.). No decorrer de trabalhos arqueológicos (2007) foram identificadas duas sepulturas de cronologia romana, indiciando a proximidade da necrópole da villae romana da Loja 1. Posteriormente (2009) no decorrer de trabalhos arqueológicos durante a instalação do Adutor de Brinches - Enxoé foram escavadas 28 sepulturas de cronologia romana, provavelmente da necrópole da villa no período baixo-imperial.. As estruturas tumulares e o espólio são simples e pobres, mas seguem o modelo comummente identificado noutras necrópoles de âmbito rural. Os sepulcros apresentam similaridades morfológicas e caracterizam-se essencialmente por cova simples, com cobertura feita por materiais de construção. Raramente foram identificados vestígios de revestimento interior. As tegulae que selam os defuntos são, algumas vezes decoradas, com decoração digitadas. As oferendas religiosas são quase inexistentes, sendo a excepção observada apenas na sepultura III, onde foi possível exumar um prato inteiro, uma lucerna e um pote. Nas restantes estruturas funerárias recolheram-se apenas pequenos fragmentos cerâmicos. Os sepulcros agrupados em dois núcleos distantes entre si alguns metros, poderá sugerir a existência de diferentes áreas de agrupamento de sepulturas, por exemplo, por critério familiar ou estatuto familiar, apesar de não se verificarem diferenças consideráveis entre os dois núcleos. O espaço sepulcral insere-se em período Baixo Imperial e respeita a orientação Oeste-Este. A cerca de 200m a sudoeste desta villa, na ribeira do Enxoé, identificou-se uma estrutura em pedra que parece corresponder a restos de uma represa (cfr. Carta Arqueologoca de Serpa). Em 2023 aferida a villa romana de Loja 1, cuja mancha se situa a poente do Monte da Loja. Registo de dentro do conjunto edificado do `monte¿ da Loja de um elemento arquitectónico trabalhado de mármore, possivelmente uma soleira de porta com degrau, depositada ao ar livre.

  • Meio

    Terrestre

  • Acesso

    Junto ao caminho de Montinho ao marco geodésico de Loja.

  • Espólio

    Terra sigilata hispânica e clara A, C e D, ânfora, dolia, almofariz, vidro, mós, tijolo de coluna, um sestérico, mármore de revestimento, fuste de coluna e opus signinum.

  • Depositários

    -

  • Classificação

    -

  • Conservação

    Regular

  • Processos

    S - 13067, 2001/1(289), 2001/1(289)-B, 2001/1(289)-E e 2001/1(289)-I

Bibliografia (2)

A Cidade Romana de Beja. Percursos e debates acerca da "civitas" de PAX IVLIA (2003)
Arqueologia do Concelho de Serpa (1997)

Fotografias (0)

Localização