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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Fortificação
Vila Real/Montalegre/Viade de Baixo e Fervidelas
Idade do Ferro, Romano e Idade Média
O Castelo de São Romão é um pronunciado promontório granítico que se implanta sobranceiramente à actual albufeira da Barragem dos Picões, situando-se no lado direito da estrada asfaltada que corre de ocidente para leste e permite a ligação à aldeia de Vilarinho de Negrões. O sítio tem vindo a ser referido como um castro da Idade do Ferro com uma ocupação posterior durante o período da romanização do território barrosão. No entanto, nenhum elemento material nos permitiu atestar tal hipótese cronológica. A tipologia do assentamento revela características mais condizentes com um castelo roqueiro medieval. Os vestígios estruturais centram-se numa reduzida plataforma que coroa o promontório. È aqui que estão patentes os restos de uma estrutura, realizada à base de pedra aparelhada, que poderá ter correspondido a uma portentosa torre. É ainda nesta plataforma que se deteta com alguma facilidade pequenos alinhamentos e uma estrutura de planta quadrangular escavada no afloramento rochoso. Sobre o lado norte e oriental o promontório cai em arriba, o que faz dispensar qualquer construção de carácter defensivo. O complexo de amuralhamento que estrutura a respetiva arquitetura de defesa, assenta numa linha de muralha que corre sobre o lado oeste e sul. Os elementos vestigiais dessa estrutura são revelados por uma ténue linha de alinhamentos de derrubes que se articulam, a sul, com uma via que vem culminar na porta de entrada do reduto. A zona habitacional deve ter-se estruturado na base do outeiro, ao longo dos flancos, oeste, sul e leste, tendo-se aproveitado, em alguns casos, a grande quantidade de monólitos graníticos que formam uma espécie de barreira de defesa, estruturada de forma natural. Por toda a área se dispersa uma grande quantidade de silhares, detectando-se com alguma frequência negativos e encaixes de estruturas já desaparecidas. A prospecção de superfície apenas permitiu detectar fragmentos cerâmicos de tipologia inequivocamente medieva. Há ainda referências à recolha de mós e de uma moeda do reinado de D. Fernando (Fontes, 1978:19). O castelo de S. Romão de Parafita é referido nas inquirições de 1258, com o reguengo real de S. Romanus. Em 1758 é citado nas memórias paroquiais Há no destricto desta freguesia...hum oiteiro ou pinasco munto alto chamado o castelo de Sam Romam e nelle se vêem pedras de cantaria, cazas, figuras dizem vulgarmente havitaram ali os mouros nos tempos antigos. O padre Baltazar Pereira Barroso informa que há alguns anos, os moradores do lugar de Veade, procurando descobrir algum tesouro, demoliram muitas coisas memoráveis, entre elas onde estava pintado um novilho e parte de uma cisterna no alto do castelo. Há notícia de ter apresentado as muralhas pedra bem aparelhada, contendo no seu interior algumas construções retangulares e redondas. O sítio estava duplicado no CNS 19719.
Terrestre
Na margem esquerda do rio Rabagão, no termo do lugar de Perafita. Seguir pela EN103, na barragem dos Pisões virar em direcção a Carvalhelhos e Vilarinho de Negrões. O local fica numa zona de dificil acesso, do lado direito da estrada.
Cerâmica de pasta grosseira e mós manuárias.
Museu Nacional de Arqueologia
Classificado como SIP - Sítio de Interesse Público
Mau
92/1(025)