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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Levantamento
2001
Relatório Aprovado
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Levantamento arqueológico do concelho de Carrazeda de Ansiães.
O Cachão da Rapa é, indubitavelmente, um dos mais importantes sítios da pintura rupestre pré-histórica portuguesa. As pinturas, conhecidas desde o século XVIII, nunca foram objecto de um estudo verdadeiramente integrado, pelo que se pode considerar bastante lacunar, senão inexistente, qualquer ensaio científico de cariz mais interpretativo. O painel de arte foi pela primeira vez difundido por João Pinto de Morais e António de Sousa Pinto, no manuscrito "Memórias de Anciães", e desde essa altura transformou-se num dos mais emblemáticos locais da Arte Pré-Histórica Portuguesa. Jerónimo Contador de Argote, Joseph de Macedo Rosales, Padre Luís Cardoso, Leite de Vasconcelos, Visconde de Seabra, José Félix Alves, Visconde de Vila Maior, Possidónio da Silva, Amílcar de Sousa, Vergílio Corrêa, Mendes Correia, Amorim Girão, Henri Breuil, Santos Júnior e mais recentemente António Martinho Baptista são, de entre muitos outros, autores que têm incluído nos seus trabalhos referências e estudos sobre as pinturas rupestres do Cachão da Rapa. As pinturas organizam-se na planura lisa e vertical de um painel granítico com mais de 4 metros de altura. Nesta superfície ordena-se uma sequência de motivos esquemáticos com uma predominância de formas geométricas rectangulares e quadrangulares expressas em tons de vermelho ocre e azul-escuro quase negro. A inspiração geometrizante dos autores de tal manifestação, confere ao conjunto artístico uma peculiaridade única na pintura pré-histórica do território português. Santos Júnior, um dos autores que mais pormenorizadamente estudou a contextualização arqueológica das pinturas rupestres do Cachão da Rapa, relaciona o local com uma cultura material caracterizada por numerosos fragmentos de cerâmica e outros artefactos cuja descrição e tipologias poderão permitir a sua inclusão num horizonte crono-cultural balizado entre e o Calcolítico e a Idade do Bronze.
António Luís Pereira
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