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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2004
Arranjo Urbanístico no Terreiro de Santa Maria do Castelo, Torres Novas
Relatório Aprovado
07/07/2005
30/11/2005
Recolha de dados que permitiram identificar com maior rigor quantos templos existiram naquele espaço, bem como a sua cronologia e orientação espacial; datação dos limites da ocupação do local; identificação das diferentes fases de enterramento da necrópole; tirar conclusões efectivas sobre as práticas funerárias ao longo dos vários períodos de enterramento; tentar perceber se teria outro tipo de ocupação sem ser ligado ao culto.
Após o fim da primeira campanha já deu para perceber que houve várias fases de construção sobrepostas e cronológicamente diferentes. A mais antiga utilização observada deve ser de uma fase anterior à nacionalidade, correspondendo às sepulturas antropomórficas escavadas no subsolo rochosos. Num nível um pouco mais elevado identificaram-se enterramentos com cabeceiras de pedra, que estavam sobrepostos aos escavados na argila, e que poderão ser da Idade Média. Estas sepulturas por sua vez estavam cortadas por uma grande e forte estrutura absidal , que corresponde a um templo talvez fundado pelos templários, pois na parte interior da ábside encontrou-se uma estela funerária com o seu símbolo e um fragmento de uma outra, devendo por isso o templo ser anterior a 1311. Por cima desta estrutura gótica encontrava-se outra construção correspondente ao último templo, conhecido por Igreja de Santa Maria e que chegou até quase ao final do século XX. No espaço em frente ao local onde seria a capela-mor da Igreja, identificaram-se vários enterramentos, encontrando-se alguns sobrepostos, e que pelo espólio encontrado devem vir desde o século XV até meados do século XIX. O espólio funerário encontrado até ao momento é variado, mas não o suficiente para se tirarem conclusões efectivas sobre as práticas funerárias ao longo de todos estes períodos. Nesta intervenção foram exumados 30 indivíduos (26 adultos e 4 não adultos). Nos 10 esqueletos que foi possível determinar o sexo, 9 eram masculinos. Nos gestos funerários, constatou-se que houve uma certa organização do espaço sepulcral: as mais recentes possuiam uma orientação E-O e as mais antigas (próximo da ábside) com orientação O-E. Quase todas elas tiveram reutilizações.
Jorge Manuel Serra de Sousa
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Cláudia Margarida Lopes dos Santos (Antropólogo)