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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2009
Relatório Aprovado
15/06/2009
21/08/2009
Aprofundar as leituras efectuadas com a campanha de 2008 e em particular alargar a área intervencionada na Sondagem 4 a fim de tentar estender as estruturas colocadas ai a descoberto de cronologia romana republicana.
Apesar de todas as dificuldades inerentes a uma intervenção numa área de pendente acentuada, a escavação de um espaço significativo de cerca de 130m2 no sector 3, permite caracterizar de uma forma clara a ocupação romana do Monte dos Castelinhos. Ficam porém muitas questões em aberto a que só futuras intervenções poderão dar resposta. O estudo da estratigrafia do conjunto arquitectónico identificado, assim como do espólio exumado na sondagem 3, 4 e 5, permite destinguir três grandes fases para este sector. Fase 1 - A primeira fase de ocupação do morro, detectada em escavação, corresponde à época romana republicana, em concreto ao século I a.C. Assiste-se então, à construção de raiz e num espaço até então dasabitado, de um conjunto arquitectónico regular traduzindo um urbanismo de matriz ortogonal. Fase 2 - Corresponde ao momento de abandono deste espaço. O estudo do espólio exumado, nos diversos níveis de abandono/destruição identificados nos ambientes 1 a 5, permitiram afirmar que este sector do povoado foi alvo de um abandono brusco e sincrónico, pouco tempo depois de ter sido edificado. O estudo das cerâmicas importadas, cerâmica campaniense, ânforas, paredes finas e cerâmica comum sublina a homogeneidade do espólio exumado e das suas associações formais. A associação entre as formas de Campaniense B F. 2300 e F. 7500, leva a crer que parece evidente estar perante um conjuno de produções, enquadradas grosso modo na primeira metade do séc. I a.C. O estudo das ânforas presente nos níveis de abandono, permite confirmar esta cronologia, os contentores de produtos alimentares são maioritariamente da vizinha província da Bética, nomeadamente as formas tardo-republicanas das Haltern 70, Dressel 1/11 e Classe 67, já não se encontrando presentes as ânforas vinárias itálicas do tipo Dressel 1, tão caracteristicas dos contextos republicanos da primeira metade do século I a.C. Perante a inexistência de Sigillata Itálica e, face ao estudo da campaniense e das ânforas, torna-se plausível uma ocupação/abandono centrada em meados da segunda metade do século I a.C. Fase 3 - Está atestada em todas as leituras efectuadas e, equivale a um momento que numa primeira fase se atribuíu, ainda que ingenuamente, como de "abandono e erosão deste sector do povoado". A escavação da Sondagem 5, veio demonstrar esta leitura, permitindo escavar níveis bem preservados com Terra Sigillata Itálica, ainda que muito fragmentada para que fosse possível uma clara classificação formal. Estes níveis são claramente de ocupação parecendo corresponder a uma regularização da rua aí existente datada da época romana republicana.
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Henrique Manuel de Oliveira Teixeira Calé Mendes e João Paulo Pimenta Marques
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