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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2008
Relatório Aprovado
01/09/2008
27/09/2008
A 19.ª campanha de escavações pretendeu essencialmente dar continuidade aos trabalhos anteriormente levados a cabo no Sector B3. Deste modo, demos início ao que assumimos como sequência natural dos trabalhos a realizar em Mesas do Castelinho, procurando indagar as distintas configurações espaciais do edificado, de forma a definir os desenhos urbanos que foi conhecendo ao longo do tempo. Para tal, continuou a ser escavada a área definida desde 2002 e a porção de terreno alargada desde a campanha anterior. O objetivo fundamental passa pela definição do urbanismo da Plataforma B durante a ocupação romana-imperial e romana-republicana do sítio arqueológico.
Os trabalhos proporcionaram a definição mais clara da estrutura geral da implantação humana na plataforma B, especialmente ao longo da fase romana republicana. Esta assenta em três ruas paralelas, das quais a última apresenta, de momento, apenas uma boa definição do lado oeste, limite do 3.º quarteirão. Sublinha-se cada vez mais a diversidade das soluções encontradas em cada uma das áreas, com a especificidade de cada unidade habitacional e das transformações que sofre cada um deles ao longo do tempo. Apreciam-se ainda as afinidades e diferenças entre a qualidade construtiva dos diferentes edifícios, em particular dentro da fase romana-republicana, na qual se torna patente a qualidade do edificado. O término da escavação do 1º Quarteirão do Sector B3 permitiu constatar que os elementos estruturantes dos dois grandes edifícios do lado nascente da Rua 1 se mantiveram ativos ao longo de toda a ocupação romana, republicana e imperial. Não conheceram alterações na sua planta mas foram afetados verticalmente, com a reconversão do grande edifício deste quarteirão num espaço com apenas um andar em fase imperial, em detrimento dos dois originais. A Rua 1, embora contida pelas paredes dos mesmos edifícios, foi subdividida na fase imperial, com novas características de articulação do espaço de circulação. No 2.º Quarteirão, também terminado de escavar, o Ambiente XV e as fases mais antigas dos restantes compartimentos revelam a presença frequente de um grupo considerável de cerâmicas pintadas em bandas e com matrizes impressas. Este cenário revela um aparente paradoxo entre as estruturas fundacionais, de época romana republicana, e o espólio associado, genericamente atribuível a uma cronologia pré-romana. O mesmo havia sido observado no 1º Quarteirão, sobretudo nos níveis de utilização da Rua 1.
Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião
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