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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2013
Relatório Aprovado
03/06/2013
27/09/2013
No âmbito de uma intervenção inserida na categoria B de trabalhos arqueológicos desenvolveu-se a 24ª campanha de escavações em Mesas do Castelinho. Pretendeu-se desenvolver uma série de actividades arqueológicas e de conservação e restauro tendentes à valorização, conservação e musealização do sítio arqueológico. Os objectivos gerais foram, na Plataforma B, o alargamento do circuito de visita da Rua 1 e edifícios adjacentes, da época romana-republicana do povoado e a conservação e restauro das estruturas arqueológicas. Na Plataforma A, os objectivos passavam também pela preparação dos circuitos de visita, através de tarefas de conservação e restauro de estruturas arqueológicas.
A escavação do Sector B4 permitiu identificar uma sequência iniciada na fase romana-republicana e terminada na fase medieval-islâmica, para lá da observação das destruições ocorridas em 1986. Foram ainda identificados vestígios arquitectónicos da fase da Idade do Ferro, com três estruturas parcialmente identificadas aquando da escavação do Sector B2. No Sector B3, a finalização da escavação arqueológica até determinada altimetria da Rua 3, no 3º Quarteirão, permitiu identificar vestígios do momento de utilização tardo-republicano mais antigo, terminando no topo de um momento de utilização integrado já na fase mais antiga desta artéria de circulação, a fase romana-republicana. Esta sequência estratigráfica pode ser datada do 3º- 4º quartel do século II a.C. No 2º Quarteirão do Sector B3, a reavaliação sequencial proporcionada pela escavação de uma pequena parcela de terreno na área Sul e pela análise preliminar dos materiais arqueológicos fala-nos de um dinamismo arquitectónico que é o espelho de uma área mais ou menos especializada no trabalho dos metais que, no final da ocupação tardo-republicana se caracteriza pela presença de uma importante estrutura de combustão, um forno, no Ambiente XII. Na plataforma superior, a desmontagem de uma estrutura pétrea da fase romana-republicana que se localizava na confluência dos sectores A1 e A3 permitiu identificar uma sequência estratigráfica subjacente datada de entre o 3º- 4º quartel do século II a.C. e o século II a.C., não recuando para lá de meados deste século. A área ficou assim liberta para os futuros trabalhos de conservação e restauro das estruturas pétreas que, nesta porção em concreto do povoado, remetem para a fase de ocupação mais antiga, da Idade do Ferro. Os trabalhos de valorização e conservação e, embora bastante avançados na plataforma inferior do sítio, carecem da devida continuidade. Podemos no entanto referir que a fase romana-republicana da plataforma inferior de Mesas do Castelinho se encontra devidamente minimizada em termos de recuperação da sua arquitectura, com todas as estruturas pétreas recuperadas. Ainda assim, falta ainda desenvolver toda uma série de acções no sentido de preparar o circuito de visita. O mesmo tipo de necessidade se verifica para a plataforma superior do sítio.
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Amílcar Manuel Ribeiro Guerra, Artur Jorge Ferreira Rocha, Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião e Susana Maria Gonçalves Estrela
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