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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2014
Relatório Aprovado
02/06/2014
03/10/2014
No âmbito de uma intervenção da categoria B de trabalhos arqueológicos, a 25ª campanha em Mesas do Castelinho pretendeu desenvolver uma série de atividades arqueológicas e de conservação e restauro tendentes à valorização, conservação e musealização do sítio arqueológico, no seguimento do já realizado na campanha anterior, em 2013. Foi dada primazia a ações de restauro, conservação e valorização do sítio, sobretudo desenvolvidas na Plataforma A. No referente à escavação arqueológica propriamente dita, foi aberta uma nova área de escavação, o Sector A4, situado no lado oriental da plataforma superior, a Sudeste do Sector A1 e a Norte da mina de água, com vista a permitir mais um ponto de visita do povoado romano republicano e da Idade do Ferro. Foram ainda escavadas uma série de realidades deposicionais e arquitetónicas nos sectores A1, A2 e A3, que necessitavam quer de afinação cronológica quer do devido registo antes do seu aterro ou desmontagem, no âmbito das ações de conservação, r
O Sector A4 permitiu identificar uma sequência que se terá iniciado na Idade do Ferro e que continuou até ao período romano tardo-republicano, para lá das destruições ocorridas em 986 que afetaram uma boa parte da estratigrafia romana e poderão ter arrasado com os últimos sinais de ocupação desta parte do sítio, em época romana imperial. A ocupação tardo-republicana apresenta pelo menos três compartimentos que deverão subir em número, atendendo ao deixado por escavar na área mais setentrional. Os ambientes I e II localizam-se na porção mais meridional e o Ambiente III no extremo ocidental deste sector, correspondendo a espaços habitacionais e/ou de trabalho. A ausência de zonas de vão entre os diferentes compartimentos pode dever-se à área definida para a intervenção arqueológica. Ainda assim, é possível suspeitar de uma zona de passagem no sentido Este-oeste, o mesmo podendo suceder mais a Norte. No canto Sudeste da área de escavação, uma estrutura mais larga que as restantes, poderá ser um troço da muralha da Idade do Ferro. Esta cronologia, aliás, deverá fazer parte do lote das ocupações deste sector, atendendo aos materiais recolhidos fora de contexto nos estratos de abandono, sobretudo nos localizados precisamente mais a Sul. Ainda na Plataforma A, foi concluída a reposição das estruturas arqueológicas que interessava apresentar no circuito de visita em preparação: a arquitetura da Idade do Ferro nos sectores A2 e A3, e o complexo de construções do século I a.C. e a fortificação omíada no Sector A1. Procedeu-se aos aterros dos compartimentos internos dos dois primeiros sectores, ficando por realizar a mesma tarefa na área exterior das linhas de muralha da Idade do Ferro, bem como a continuação do caminho pedonal ao longo do talude ocidental e outras tarefas conducentes à preparação do percurso de visita. O talude oriental, bastante destruído em 1986, foi alvo de modelação, e foram estabelecidos quer o caminho pedonal para visitantes com mobilidade reduzida quer o caminho automobilístico, ambos a Este do talude reposto mas carece ainda da construção do mobiliário adequado ao percurso. Na Plataforma B foram terminadas situações pontuais de reposição de estruturas e finalizados os aterros das linhas de drenagem das águas pluviais, no limite oriental do Sector B3. Carece ainda de continuidade a execução do caminho pedonal ao redor dos sectores B2 e B3, a reposição da muralha da Idade do Ferro localizada no talude oriental bem como outras atividades relacionadas com o circuito de visita.
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Amílcar Manuel Ribeiro Guerra, Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião e Susana Maria Gonçalves Estrela
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