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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Acompanhamento
2011-12
Relatório Aprovado
01/10/2011
30/09/2012
A intervenção teve por objectivo a caracterização deste monumento histórico, sendo norteada por diferentes objectivos. Por um lado, pretendia-se proceder à abertura de sondagens arqueológicas prévias com o intuito de avaliar o potencial arqueológico, especialmente na área de incidência da rede de infraestruturas de iluminação, onde o impacto da obra seria mais elevado, entre a barbacã e o recinto interior do castelo. Visava-se também proceder ao acompanhamento arqueológico de todos os trabalhos de abertura de valas e remeximento de solos, previstos e imprevistos, efectuados no decurso da obra, avaliando qualquer mínimo indício da existência de vestígios arqueológicos inesperados que seriam afectados, por desconhecimento, e prevendo nesses casos formas rígidas de minimizar os impactos que fossem detectados.
Esta intervenção arqueológica proporcionou diversas informações que permitiram ampliar o estudo do castelo de Alfaiates, no que concerne à sua cronologia e data de fundação, bem como relativamente às anteriores ocupações humanas do local e a evolução histórica e urbanística desta zona. Foi uma oportunidade única de pesquisar os níveis arqueológicos mais antigos, pré-fundacionais do castelo. As intervenções realizadas no interior do castelo confirmaram que Alfaiates foi efectivamente habitada durante a Idade do Ferro. Relativamente ao término desta fase proto-histórica de Alfaiates, foram também recolhidos dois fragmentos de cerâmica de construção romana (tegulae) que permitem ir de encontro ao que já se pensava sobre a possibilidade de uma presença romana neste local. A ocupação humana deste espaço após o abandono do povoado da Idade do Ferro e a edificação do castelo, não é assinalada por nenhum nível estratigráfico ou qualquer estrutura arqueológica. Não se pode, a partir destes dados, defender a presença humana nesta zona da povoação durante esse período cronológico, nem sequer datar a edificação das estruturas militares com base nestes materiais residuais. Consequentemente, com estes escassos indícios de efectiva ocupação, julgamos que esta área seria uma zona periférica ao burgo medieval e por isso não habitada. Por outro lado, esta intervenção arqueológica não identificou qualquer comprovativo de que o castelo tenha sido erguido em época medieval. Partindo da análise dos materiais e da estratigrafia, não há evidências nítidas para datar a construção. Confrontando os poucos elementos arqueológicos recolhidos com outro tipo de análises: paralelos, análise construtiva e as referências documentais já conhecidas, assumimos que o castelo de Alfaiates foi erguido apenas em período Moderno.
Marcos Daniel Osório da Silva
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