Escavação (2015)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    3923

  • Tipo

    Escavação

  • Ano do trabalho

    2015

  • Projeto

    PIPA/2014 - Monte dos Castelinhos e a Romanização do Baixo Tejo

  • Estado

    Relatório Aprovado

  • Data de Início

    24/08/2015

  • Data de Fim

    18/09/2015

  • Objetivos

    Alargar a área intervencionada para tentar compreender a funcionalidades deste conjunto de estruturas, assim como a sua articulação com o sistema defensivo do sítio intuído na campanha de 2009. Nesse sentido foi aberta uma nova área de sondagem para norte com cerca de 98m2 com o intuito de terminar de definir a planta da casa romana, assim como, uma nova área para este, de 20m2 com o objetivo de unir as áreas já abertas da sondagem 4 nas campanhas de 2010 e 2013. totaliza assim uma área de 118m2. Paralelamente a estas novas áreas decidiu-se concluir a escavação no interior da casa romana, terminando as leituras estratigráficas nos ambientes 11, 12, 13, 14, 15, 18, 19, 20, 21, 23 e 24. A Sul da sondagem 4 e em um patamar distinto a nível de topografia, iniciou-se a abertura de uma nova área de Sondagem, a n.º 7 tendo em conta a sequência numérica do projeto de Castelinhos.

  • Resultados

    A investigação arqueológica de um sítio com esta dimensão nem sempre permite leituras contundentes e de cariz categórico, sendo assim não se pode deixar de sublinhar que o discurso se encontra em processo de construção, não sendo ainda de todo claro que o estabelecimento é este. O primeiro ponto, que parece mais relevante, é de que perante os elementos de que se dipõe, resultantes de diversas áreas de escavação em distintos pontos do sítio arqueológico, se pode afirmar categoricamente a inexistencia de quaisquer níveis pré-romanos. Há assim evidências consistentes da construção de raíz, em meados do século I a.C. de um estabelecimento de dimensões consideráveis, mais de 10 hectares, numa área de grande valor estratégico e implantado de forma equidistante em relação aos dois principais núcleos habitacionais do Vale do Tejo, as cidades de Olisipo e Scallabis. Face às consistentes evidências estratigráficas e estruturais, constata-se que apenas alguns anos depois da edificação deste estabelecimento se assiste à sua brusca destruição resultante de um conflito bélico. É nestes níveis de destruição quer surgem diversos elementos de armamento militar itálico, tais como um projétil de catapulta, um scutum romano, glandes de funda em chumbo, um pilum e uma lança de ferro. Assim como militaria, ou seja, elementos de equipamento militar itálico típicos de legionários da república, como fíbulas, fivelas de armadura, fechos de cinturão e tachas de cáligas. Este cenário de todo inédito para o vale do Tejo, levanta um amplo quadro de questões que nos encontramos a tentar clarificar e que se prendem com a interpretação da funcionalidade e relevância deste sítio arqueológico.

  • Responsável

    -

  • Co-Responsáveis

    Henrique Manuel de Oliveira Teixeira Calé Mendes e João Paulo Pimenta Marques

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)