Prospeção Geofísica (2017)

Trabalho arqueológico
  • CNS

    14759

  • Tipo

    Prospeção Geofísica

  • Ano do trabalho

    2017

  • Projeto

    Trabalhos no Castro de Argemela - UNIZEL

  • Estado

    Relatório Aprovado

  • Data de Início

    02/03/2017

  • Data de Fim

    24/03/2017

  • Objetivos

    a) localização de estruturas arqueológicas mediante a utilização de sistemas electromagnéticos combinados; b) definição nas áreas a prospectar de vestígios que comprovem a ocupação antrópica destes espaços. b) criação de uma planta cartográfica com as condições geofísicas do terreno da área prospectada com cobertura total por meio do uso da detecção electromagnética.

  • Resultados

    Os resultados dos trabalhos geofísicos foram sobremaneira afectados pelas condições do terreno. A grande quantidade de pedra solta proveniente das explorações mais antigas situadas a meia encosta, em conjunto com as massas de pedra empurradas pela vertente abaixo em resultado da laboração mineira e da actividade da pedreira localizada no ponto mais alto da Argemela, constituem um ambiente extremamente complexo para a prospecção geofísica. No entanto, e apesar de todas as alterações da envolvente e das dificuldades provocadas pelas vertentes relativamente acentuadas do Cabeço da Argemela, o estudo realizado permite destacar alguns apontamentos importantes para a situação em apreço. O principal elemento que se pretendeu localizar com a realização deste trabalho foram os espaços habitacionais pré-históricos que poderão ter sobrevivido a todas as alterações posteriores que afectaram este sítio. A detecção destas estruturas, de características pouco expressivas a nível arquitectónico, definidas, também, pela inexistência de ângulos rectos, é muito complexa e exigiu, durante a fase de tratamento e representação gráfica dos dados, a procura de contrastes altos e marcados que pudessem indiciar estruturas de habitat. O facto de estas últimas serem construídas com os mesmos materiais líticos que constituem os derrubes existentes à superfície do terreno, impôs, também, grandes dificuldades a esta tarefa. Deste modo, não seria fácil identificar padrões lineares ou anomalias contínuas. Face a estas dificuldades, optou-se por se considerar um outro elemento indicador de potencial arqueológico, a existência de "pacotes" sedimentares bem representados ao nível das anomalias. Foi este elemento que se procurou localizar durante o tratamento de dados, ao invés dos níveis em que só se pode localizar pedra, até porque a existência de estruturas habitacionais nas zonas de encosta depende, de algum modo, da realização de aterros para criar áreas aplanadas onde aquelas possam assentar. Assim, e para além do que seria expectável, ou seja, a existência de anomalias na zona da muralha e nas suas envolvências directas, aquelas foram também assinaladas nas envolvências das zonas de acumulação de pedra solta. O primeiro caso está bem exemplificado nas figuras 11, 13, 16, 21, 23, 43 e 45, e especialmente nas duas primeiras, que deixam antever a hipótese de as estruturas identificadas no quadrante nascente da Sondagem 6 [607] e [611] se prolongarem para Sul. O segundo caso relativo à existência de anomalias sob as acumulações de pedra solta está referenciado nas figuras 11, 16, 18, 35, 38 e 40. No entanto, será de ter em consideração, tal como referido anteriormente, que as anomalias sinalizadas dizem respeito a acumulações sedimentares, não sendo possível associá-las directamente a vestígios arqueológicos conservados. Na zona designada como M3B (figuras 28 e 30) é de referir a existência de uma sequência linear de anomalias, localizada a sudeste da Sondagem 7. Nesta sondagem foram identificados contextos arqueológicos pertencentes a um período situado entre o final da Idade do Bronze e a II Idade do Ferro. Conjugando os resultados das sondagens arqueológicas com os da prospecção geofísica, pode colocar-se a hipótese de os contextos da Sondagem 7 se prolongarem até à zona onde foram localizadas as anomalias. Um caso em tudo semelhante foi identificado nas envolvências da Sondagem 9 (figuras 33 e 35) onde foram também identificadas estruturas e níveis arqueológicos pertencentes às cronologias referidas (Marques et al. 2012). Relativamente às áreas M5 e M6 possuímos, de momento, menos dados pois não foram realizadas sondagens arqueológicas, face à existência de acumulações de pedra solta especialmente evidentes em M5. Apesar destas perturbações, a prospecção geofísica cartografou algumas anomalias nestas zonas, que interessará validar para verificar o seu real potencial arqueológico a patrimonial. Considerando os resultados das várias áreas de prospecção geof

  • Responsável

    -

  • Co-Responsáveis

    Eduardo Manuel Batista Porfírio e João Nuno Pereira Valério Marques

  • Pessoas (relação)

    -

Relatórios (-)