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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Prospeção Geofísica
2017
Relatório Aprovado
02/03/2017
24/03/2017
a) localização de estruturas arqueológicas mediante a utilização de sistemas electromagnéticos combinados; b) definição nas áreas a prospectar de vestígios que comprovem a ocupação antrópica destes espaços. b) criação de uma planta cartográfica com as condições geofísicas do terreno da área prospectada com cobertura total por meio do uso da detecção electromagnética.
Os resultados dos trabalhos geofísicos foram sobremaneira afectados pelas condições do terreno. A grande quantidade de pedra solta proveniente das explorações mais antigas situadas a meia encosta, em conjunto com as massas de pedra empurradas pela vertente abaixo em resultado da laboração mineira e da actividade da pedreira localizada no ponto mais alto da Argemela, constituem um ambiente extremamente complexo para a prospecção geofísica. No entanto, e apesar de todas as alterações da envolvente e das dificuldades provocadas pelas vertentes relativamente acentuadas do Cabeço da Argemela, o estudo realizado permite destacar alguns apontamentos importantes para a situação em apreço. O principal elemento que se pretendeu localizar com a realização deste trabalho foram os espaços habitacionais pré-históricos que poderão ter sobrevivido a todas as alterações posteriores que afectaram este sítio. A detecção destas estruturas, de características pouco expressivas a nível arquitectónico, definidas, também, pela inexistência de ângulos rectos, é muito complexa e exigiu, durante a fase de tratamento e representação gráfica dos dados, a procura de contrastes altos e marcados que pudessem indiciar estruturas de habitat. O facto de estas últimas serem construídas com os mesmos materiais líticos que constituem os derrubes existentes à superfície do terreno, impôs, também, grandes dificuldades a esta tarefa. Deste modo, não seria fácil identificar padrões lineares ou anomalias contínuas. Face a estas dificuldades, optou-se por se considerar um outro elemento indicador de potencial arqueológico, a existência de "pacotes" sedimentares bem representados ao nível das anomalias. Foi este elemento que se procurou localizar durante o tratamento de dados, ao invés dos níveis em que só se pode localizar pedra, até porque a existência de estruturas habitacionais nas zonas de encosta depende, de algum modo, da realização de aterros para criar áreas aplanadas onde aquelas possam assentar. Assim, e para além do que seria expectável, ou seja, a existência de anomalias na zona da muralha e nas suas envolvências directas, aquelas foram também assinaladas nas envolvências das zonas de acumulação de pedra solta. O primeiro caso está bem exemplificado nas figuras 11, 13, 16, 21, 23, 43 e 45, e especialmente nas duas primeiras, que deixam antever a hipótese de as estruturas identificadas no quadrante nascente da Sondagem 6 [607] e [611] se prolongarem para Sul. O segundo caso relativo à existência de anomalias sob as acumulações de pedra solta está referenciado nas figuras 11, 16, 18, 35, 38 e 40. No entanto, será de ter em consideração, tal como referido anteriormente, que as anomalias sinalizadas dizem respeito a acumulações sedimentares, não sendo possível associá-las directamente a vestígios arqueológicos conservados. Na zona designada como M3B (figuras 28 e 30) é de referir a existência de uma sequência linear de anomalias, localizada a sudeste da Sondagem 7. Nesta sondagem foram identificados contextos arqueológicos pertencentes a um período situado entre o final da Idade do Bronze e a II Idade do Ferro. Conjugando os resultados das sondagens arqueológicas com os da prospecção geofísica, pode colocar-se a hipótese de os contextos da Sondagem 7 se prolongarem até à zona onde foram localizadas as anomalias. Um caso em tudo semelhante foi identificado nas envolvências da Sondagem 9 (figuras 33 e 35) onde foram também identificadas estruturas e níveis arqueológicos pertencentes às cronologias referidas (Marques et al. 2012). Relativamente às áreas M5 e M6 possuímos, de momento, menos dados pois não foram realizadas sondagens arqueológicas, face à existência de acumulações de pedra solta especialmente evidentes em M5. Apesar destas perturbações, a prospecção geofísica cartografou algumas anomalias nestas zonas, que interessará validar para verificar o seu real potencial arqueológico a patrimonial. Considerando os resultados das várias áreas de prospecção geof
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Eduardo Manuel Batista Porfírio e João Nuno Pereira Valério Marques
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