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DIAS, Ana Carvalho (2010) - Trabalhos Arqueológicos prévios ao projecto de reabilitação de edifício a restaurante no Pátio dos Carrascos do Convento de Cristo. Acedido em: 27 de setembro, 2015 em:http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Escavação
2018
PIPA/2014 - Monte dos Castelinhos e a Romanização do Baixo Tejo
Relatório submetido
16/07/2018
18/09/2018
Um dos objetivos era largar a área intervencionada para tentar compreender a funcionalidade do conjunto estrutural, assim como a sua articulação com o sistema defensivo do sítio intuído na campanha de 2009.
Foi aberta uma nova área de escavação para Norte, com cerca de 98m2, com o intuito de concluir a definição da planta da casa romana; e uma nova área de escavação para este, com cerca de 20m2, com objetivo de unir as áreas anteriormente (2010 e 2013) escavadas da Sondagem 4. Esta totaliza, assim, uma área de 118 m2. Paralelamente decidiu-se concluir a escavação na interior da casa romana, terminando as leituras estratigráficas nos Ambientes 11, 12, 13, 14, 15, 18, 19, 20, 21, 23 e 24. A Sul da Sondagem 4, e em patamar topográfico distinto, iniciou-se a abertura da Sondagem 7. Perante os elementos recolhidos, pode afirmar-se a inexistência de níveis pré-romanos. Há evidências consistentes da construção de raiz, em meados do Sé. I a.C. (Fase I), constituindo um estabelecimento de dimensões consideráveis, com mais de 10 hectares, construido num ponto de grande valor estratégico e implantado de forma equidistante em relação aos dois principais núcleos urbanos do vale do tejo, Olisipo e Scallabis, Alguns anos (entre uma a duas décadas) depois da edificação, meados da segunda metade do século I a.C. (50/30 a.C.) (Fase II), assiste-se à sua brusca destruição, resultante de um conflito bélico. Nestes níveis surgem diversos elementos de armamento militar itálico, como um projétil de catapulta, um scutum romano, glandes de funda em chumbo, um pilum e uma lança em ferro. E também militaria, ou seja elementos de equipamento militar itálico, típica dos legionários da república, como fíbulas, fivelas de armadura, fechos de cinturão e tachas de cáligas. Sob a destruição, regista-se nova fase de urbanismo no século I d.C. (Augusto - fase III), com a construção de um novo traçado de ruas e de habitações, revelando que o sítio continua a ser ocupado e que é considerado suficientemente relevante para ser dotado de um novo projeto urbanístico. A Fase III, corresponde assim um novo desenho urbano, que se sobrepõe e anula o preexistente, e que ainda que mantenha aproximadamente as orientações, reestrutura de forma distinta o espaço. A Fase 4 corresponde a uma ampla remodelação do urbanismo Augustano, em meados da segunda metade do século I d.C.. Todo este conjunto de cariz urbano é alvo de um abandono, não sendo ainda claro se concertado ou não, em cerca de 40/60 d.C. (no final do período Júlio/Cláudio).
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Henrique Manuel de Oliveira Teixeira Calé Mendes e João Pimental Henriques Mendes
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