Lápide das Taipas/ Ara de Trajano/Ara de Nerva/ Penedo da Moura

Inscrição - Romano, Império e Contemporâneo (1312)
Inscrição romana conhecida como Lápide das Taipas, Ara de Trajano, Ara de Nerva ou Penedo da Moura, localizada junto à Igreja Matriz de Caldas das Taipas, também designada de Igreja Paroquial de São Tomé de Caldelas, no concelho de Guimarães. Esta menção honorífica em honra ao imperador romano Trajano Augusto, datada de 103 D.C., encontra-se muito possivelmente relacionada com a ampliação do Culto Imperial, que ao longo do século II d.C. se registou em território português. Foi elaborada numa das faces de um bloco granítico cortado em três faces, cada uma delas com sensivelmente três metros de altura. Na inscrição é possível ler: "Imperador Cesar Nerva Trajano, Augusto, germánico, dácico, pontifíce máximo, com o poder tribunício pela sétima vez, imperador pela quarta vez, consul pela quinta vez, pai da Pátria" [IMP(ERATOR) CAES(AR) NERVA/ TRAIANVS AVG(VSTVS), GER(MANICVS), DAC(ICVS)/ POT(IFEX) MAX(IMVS), TRIB(VNITIA) POT(ESTATE) VII/ IMP(ERATOR) IIII CO(N)S(UL) V, P(ATER) P(ATRIAE)] Em 1818, aquando da exploração, por parte da Câmara Municipal, das nascentes de águas termais para fins terapêuticos, foram gravadas mais duas inscrições no monólito - uma por baixo da inscrição latina e outra numa das restantes faces. O conteúdo desta última remete para o aproveitamento medicinal das águas da zona através da construção dos Banhos Velhos e Fonte de D. João, podendo ler-se o seguinte texto: "Para alívio da humanidade e remédio de / rebeldes doenças herpéticas forão renovados / e augmentados estes banhos thermaes por or/dem do senado da Câmara da villa de Guim.es,/ sendo seu presidente o Doutor Juiz de fora Estevão Ferreira da Cruz, e Vereadores Franco Pinto de Carvalho Bezerra = An.to do Couto Ribeiro = / secretario Jose Duarte=Procurador/ Manoel Luis de Souza: Em testemunho do=/ seu zelo e aetividade (sic), p.a emulação dos vin/douros elles mesmo (sic) mandarão gravar esta ins/cripção que desfia e vencerá o tempo e a E/ternidade em 1818//." Este monumento foi mencionado em várias publicações, nomeadamente por D. J. C. Argote (1732), E. Hubner (1869), F. Martins Sarmento (1887), M. J. Martins Capela (1895) e D. Brandão (1962).

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    Boas Práticas

    Boas práticas ao visitar sítios arqueológicos

    Visitar um sítio arqueológico é conectarmos com as nossas origens; é percebermos o nosso percurso e evolução como espécie Humana integrada no meio ambiente; é respeitar o património que é nosso e dele cuidarmos para que as gerações futuras também o possam visitar e desfrutar. 

    Percorrer os caminhos e apreciar as estruturas e peças arqueológicas que sobreviveram ao passar dos tempos, permite-nos compreender aquilo que é diferente, mas também aquilo que é comum entre as diferentes populações: no fundo, aquilo que nos identifica como Homo Sapiens. 

    Mais do que simples vestígios e ruínas do passado, os sítios arqueológicos evidenciam a nossa capacidade criativa, de adaptação, de interconexão, de compreensão e resiliência, sem as quais não teríamos tido sucesso como seres culturais em constante processo evolutivo. Estes sítios permitem-nos ainda refletir sobre as escolhas feitas no passado e contribuir assim para que as decisões no presente possam ser realizadas com maior consciência e conhecimento.

    Os sítios arqueológicos são recursos frágeis e vulneráveis às mudanças potenciadas pelo desenvolvimento humano sendo únicos e insubstituíveis. A informação que guardam, se destruída, nunca mais poderá ser recuperada. 

    Como tal, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) convida todos os visitantes de sítios arqueológicos a desfrutarem da sua beleza e autenticidade, ajudando ao mesmo tempo a preservá-los para as futuras gerações, adotando desde logo as boas práticas que aqui indicamos:   

    • Respeitar todas as sinalizações;
    • Não aceder a zonas vedadas;
    • Não subir, sentar ou permanecer sobre estruturas e vestígios arqueológicos;
    • Respeitar as áreas que estão a ser alvo de intervenções arqueológicas, não as perturbando;
    • Não recolher materiais nem sedimentos (terra);
    • Não escrever ou realizar grafitos nas estruturas arqueológicas;
    • Deitar o lixo em contentores próprios. Se não existirem no local, leve o lixo consigo até encontrar contentor adequado para o efeito;
    • Deixar o sítio arqueológico tal como o encontrou;
    • Não passar com bicicletas ou veículos motorizados sobre os sítios arqueológicos;
    • Respeitar e proteger as plantas e os animais que habitam na envolvente do sítio arqueológico;
    • Reportar sinais de vandalismo ou destruição à DGPC ou às Direções Regionais de Cultura (DRC);
    • Partilhar experiências de visita e os sítios arqueológicos, como forma de os tornar mais conhecidos e apelar à sua preservação;
    • Não comprar materiais arqueológicos e reportar às autoridades de segurança pública, à DGPC ou às DRC, caso venha a suspeitar de que materiais/peças arqueológicas possam estar à venda.

    Para saber mais:

    AIA / ATTA (2013) – Guide to best practices for archaeological tourism. 

    Raposo, J. (2016) – Código de conduta para uma visita responsável a sítios arqueológicos. In Sítios arqueológicos portugueses revisitados: 500 arqueossítios ou conjuntos em condições de fruição pública responsável. Al-madan, 2ª série, p. 20 – 77. 

    Contactos DGPC

    Telefone: +351213614200 | Email: informacaoarqueologica@dgpc.pt

     

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